PROMALC é a sigla de Programa Mineiro de Álcool, Leite e Cachaça, uma iniciativa dos produtores de cachaça de Minas Gerais, que lutam pela criação de condições legais para produção de etanol em pequenas propriedades. A produção de etanol pode se dar também por retificação do resíduo da cachaça (o início e final da distilação) que não se prestam para a produção de cachaça de qualidade.
O PROMALC apresenta grandes vantagens econômicas e técnicas, mas há obstáculos que foram criados pela legislação e regulamentação da produção de biocombustíveis, como por exemplo a absurda exigência do decreto 85.698 de 04/02/1981, que define que só poderão obter registro na ANP unidades de produção inferior a 5.000 litros por dia, que produzam para consumo próprio. Ou seja não poderão vender a terceiros.
O aproveitamento do topo da cana e o uso do bagaço misturado a uréia, permite o aumento da produção de leite e a redução dos custos de produção. Além disso a vinhaça pode ser usada para adubação de pastos e capineiras, e o bagaço pode ser compostado com estrume bovino, melhorando muito as condiçoes físicas, químicas e biológicas do solo.
O PROMALC não pede benefícios ou vantagens, apenas exige o que é elementar em qualquer país do mundo: condições para os pequenos produtores rurais produzirem e comercializarem. No Brasil, desde que o Proálcool alijou os pequenos da produção de etanol, vários grupos têm lutado para conseguir comercializar etanol, ensejando maior geração de empregos e renda no campo, absorção de gases de efeito estufa, e independência dos combustíveis fósseis. Tudo muito óbvio, mas no Brasil, muitas vezes, o óbvio não acontece.
A produção de macaúba, através do extrativismo ou de plantios comerciais, apresenta similaridades e possibilidades de integração com plantios de cana para produção de etanol.
Na produção de biodiesel o etanol é uma das matéria prima, sendo desejável a sua produção próxima da produção de óleos vegetais.
Ambos, etanol e macaúba podem ser produzidos economicamente em pequenas propriedades, a torta da amendoa de macaúba é rica em proteina e complementa o bagaço de cana na alimentação do gado. É possível consorciar cana e macaúba, ou plantar cana em fundos de vale e macaúba em encostas, numa mesma propriedade.
A casca seca e moída da macaúba é um adsorvente do cobre residual presente na cachaça.
O composto orgânico (bagaço + vinhaça) pode ser usado na adubação da macaúba, e também gera gás natural, para o aquecimento de óleos vegetais, em reatores de transesterificação.
Fonte: ongtremmacaubeiros.blog.terra.com.br
1 comentários
Bom ida, tudo bem? Como está o desenvolvimento desse programa PROMALC em Minas Gerais?
ResponderExcluirAgradecemos seu comentário! Volte sempre :)