Estudo do Instituto Saúde e Sustentabilidade aponta que 46% da poluição das grandes cidades do Brasil vem do diesel
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As emissões de gases de efeito estufa do Brasil devem se limitar a 1 bilhão de toneladas de gás carbônico até 2030, reduzindo em 35% a red...
As emissões de gases de efeito estufa do Brasil devem se limitar a 1 bilhão de toneladas de gás carbônico até 2030, reduzindo em 35% a redução das emissões que o país lança atualmente na atmosfera, que chega a 1,5 bilhão de toneladas.
Essa é a proposta do Observatório do Clima, rede que reúne 37 entidades da sociedade civil, que discute as mudanças climáticas no contexto brasileiro. A meta faria o país deixar de ser um dos maiores poluidores do mundo e, consequentemente, contribuiria para evitar o aquecimento global e evitaria um caos econômico.
O observatório lançou um documento nesta sexta-feira (26), em São Paulo, no qual lista o conjunto de providências que devem ser feitas nos setores da agropecuária, indústria, energia e de combustíveis fósseis para se bater essa meta.
O objetivo principal é assegurar que a temperatura global não aumente mais do que 2º C no período, o que significaria uma mudança radical no clima e o aumento de desastres naturais e, consequentemente, o colapso de setores econômicos no Brasil e no mundo.
“Se a temperatura do planeta aumentar até 3ºC o potencial hidrelétrico cai 20% por causa de mudanças no regime das chuvas. Na agricultura, há janelas de plantio que se houver alteração nas chuvas não se consegue planejar e poderá haver redução da oferta de alimentos. Se a temperatura aumentar mais do que isso, é o caos, o colapso econômico”, afirmou Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima.
A redução sistemática das emissões, conforme sugerida no documento, ocorreria a partir de 1º de janeiro de 2021. Daí em diante, ficariam cada vez mais limitadas ao longo de dois períodos de cinco anos, até que, em 2030, a emissão de gases de efeito estufa atinja a meta.
Brasil é um dos vilões
O Brasil tem papel importante na tentativa de redução pois é um dos dez maiores emissores de CO2 do planeta, que correspondem a quase 2/3 das emissões globais, informa o OC.
Parte significativa dessas emissões vem do desmatamento da Amazônia realizado na última metade do século 20, que contribuiu para o aumento verificado da temperatura global.
Um dos elementos da proposta da sociedade civil para 2030 é que o país zere a perda de vegetação nativa.
“Entre 1991 e 2012, 127 milhões de brasileiros foram afetados por desastres naturais. Se não reduzirmos as emissões, tende a ficar pior”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do OC.
No longo prazo, o documento sugere a neutralidade das emissões do Brasil e dos demais países em 2050, para reduzir consideravelmente o risco que o aquecimento global representa para o planeta.
O documento divulgado está sendo chamado de INDC da sociedade civil e se antecipa ao governo brasileiro que ainda não indicou as bases da sua própria INDC que terá que levar para a 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas, que acontecerá em Paris em dezembro.
“O que estamos propondo é obrigação do Brasil e deve ser feito com recursos próprios. Mas vamos enviar nosso documento aos ministérios do Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia e Inovação”, disse Rittl.
As INDCs (sigla em inglês para Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas) consistem em metas que todos os países deverão apresentar até 1º de outubro deste ano para o novo acordo a ser assinado na França.
O que deve mudar?
Serão necessárias uma série de mudanças em vários setores da economia para garantir a diminuição das emissões de gás carbônico.
No setor elétrico, a proposta é congelar a expansão de fontes térmicas de combustível fóssil, e investir mais em energia solar, energia de biomassa (queima de bagaço de cana em termelétricas) e energia eólica, o que garantiria segurança energética em períodos de baixo nível de água em reservatórios de usinas hidrelétricas que fazem parte do Sistema Interligado Nacional.
Na área de transportes, se preconiza a ampliação da oferta de transporte público de passageiros e o estímulo para que as pessoas troquem o transporte individual pelo coletivo ou pelo não motorizado. Por outro lado, os ônibus urbanos das regiões metropolitanas devem adotar outras fontes de energia que não sejam o óleo diesel, extremamente poluidor, dando preferência ao etanol e baterias.
“O foco da redução é no transporte rodoviário, o que corresponde a 90% do transporte usado no país”, afirma André Ferreira, diretor-presidente do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), responsável pelos cálculos nesse quesito.
Quanto ao transporte rodoviário de carga, sugere-se aumentar a mistura de biodiesel no diesel de petróleo para 20%, o chamado B20, além de adaptação da frota às melhores práticas internacionais (caminhões e carros de melhor desempenho e menos poluentes).
Na agropecuária, o objetivo maior é recuperar 18 milhões de hectares de pastagens degradadas e implementar 3,5 milhões de hectares de integração lavoura-pecuária-floresta, para fazer frente ao crescimento do rebanho, projetado para mais de 260 milhões de cabeças.
O aumento da qualidade das pastagens, a suplementação animal e a redução da idade de abate são outras medidas que reduzirão as emissões do rebanho bovino, segundo os especialistas do OC.
A expansão das áreas de lavoura, estimada em mais de 20 milhões de hectares, requererá que 70% da área de produção de grãos (83 milhões de hectares em 2030) adote o sistema de plantio direto e priorize o uso de variedades que realizam a fixação biológica de nitrogênio.
Fonte: Uol - Ubrabio
Essa é a proposta do Observatório do Clima, rede que reúne 37 entidades da sociedade civil, que discute as mudanças climáticas no contexto brasileiro. A meta faria o país deixar de ser um dos maiores poluidores do mundo e, consequentemente, contribuiria para evitar o aquecimento global e evitaria um caos econômico.
O observatório lançou um documento nesta sexta-feira (26), em São Paulo, no qual lista o conjunto de providências que devem ser feitas nos setores da agropecuária, indústria, energia e de combustíveis fósseis para se bater essa meta.
O objetivo principal é assegurar que a temperatura global não aumente mais do que 2º C no período, o que significaria uma mudança radical no clima e o aumento de desastres naturais e, consequentemente, o colapso de setores econômicos no Brasil e no mundo.
“Se a temperatura do planeta aumentar até 3ºC o potencial hidrelétrico cai 20% por causa de mudanças no regime das chuvas. Na agricultura, há janelas de plantio que se houver alteração nas chuvas não se consegue planejar e poderá haver redução da oferta de alimentos. Se a temperatura aumentar mais do que isso, é o caos, o colapso econômico”, afirmou Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima.
A redução sistemática das emissões, conforme sugerida no documento, ocorreria a partir de 1º de janeiro de 2021. Daí em diante, ficariam cada vez mais limitadas ao longo de dois períodos de cinco anos, até que, em 2030, a emissão de gases de efeito estufa atinja a meta.
Brasil é um dos vilões
O Brasil tem papel importante na tentativa de redução pois é um dos dez maiores emissores de CO2 do planeta, que correspondem a quase 2/3 das emissões globais, informa o OC.
Parte significativa dessas emissões vem do desmatamento da Amazônia realizado na última metade do século 20, que contribuiu para o aumento verificado da temperatura global.
Um dos elementos da proposta da sociedade civil para 2030 é que o país zere a perda de vegetação nativa.
“Entre 1991 e 2012, 127 milhões de brasileiros foram afetados por desastres naturais. Se não reduzirmos as emissões, tende a ficar pior”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do OC.
No longo prazo, o documento sugere a neutralidade das emissões do Brasil e dos demais países em 2050, para reduzir consideravelmente o risco que o aquecimento global representa para o planeta.
O documento divulgado está sendo chamado de INDC da sociedade civil e se antecipa ao governo brasileiro que ainda não indicou as bases da sua própria INDC que terá que levar para a 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas, que acontecerá em Paris em dezembro.
“O que estamos propondo é obrigação do Brasil e deve ser feito com recursos próprios. Mas vamos enviar nosso documento aos ministérios do Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia e Inovação”, disse Rittl.
As INDCs (sigla em inglês para Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas) consistem em metas que todos os países deverão apresentar até 1º de outubro deste ano para o novo acordo a ser assinado na França.
O que deve mudar?
Serão necessárias uma série de mudanças em vários setores da economia para garantir a diminuição das emissões de gás carbônico.
No setor elétrico, a proposta é congelar a expansão de fontes térmicas de combustível fóssil, e investir mais em energia solar, energia de biomassa (queima de bagaço de cana em termelétricas) e energia eólica, o que garantiria segurança energética em períodos de baixo nível de água em reservatórios de usinas hidrelétricas que fazem parte do Sistema Interligado Nacional.
Na área de transportes, se preconiza a ampliação da oferta de transporte público de passageiros e o estímulo para que as pessoas troquem o transporte individual pelo coletivo ou pelo não motorizado. Por outro lado, os ônibus urbanos das regiões metropolitanas devem adotar outras fontes de energia que não sejam o óleo diesel, extremamente poluidor, dando preferência ao etanol e baterias.
“O foco da redução é no transporte rodoviário, o que corresponde a 90% do transporte usado no país”, afirma André Ferreira, diretor-presidente do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), responsável pelos cálculos nesse quesito.
Quanto ao transporte rodoviário de carga, sugere-se aumentar a mistura de biodiesel no diesel de petróleo para 20%, o chamado B20, além de adaptação da frota às melhores práticas internacionais (caminhões e carros de melhor desempenho e menos poluentes).
Na agropecuária, o objetivo maior é recuperar 18 milhões de hectares de pastagens degradadas e implementar 3,5 milhões de hectares de integração lavoura-pecuária-floresta, para fazer frente ao crescimento do rebanho, projetado para mais de 260 milhões de cabeças.
O aumento da qualidade das pastagens, a suplementação animal e a redução da idade de abate são outras medidas que reduzirão as emissões do rebanho bovino, segundo os especialistas do OC.
A expansão das áreas de lavoura, estimada em mais de 20 milhões de hectares, requererá que 70% da área de produção de grãos (83 milhões de hectares em 2030) adote o sistema de plantio direto e priorize o uso de variedades que realizam a fixação biológica de nitrogênio.
Fonte: Uol - Ubrabio
Pesquisa da União para o BioComércio Ético revelou ainda que população jovem brasileira é a mais bem informada sobre o tema Grande parte...
Pesquisa da União para o BioComércio Ético revelou ainda que população jovem brasileira é a mais bem informada sobre o tema
Grande parte dos consumidores brasileiros (88%) consideram o assunto biodiversidade essencial. É o maior índice entre nove países pesquisados, conforme levantamento da União para o BioComércio Ético (UEBT). Os dados estão na Pesquisa Barômetro da Biodiversidade e foram divulgados em Paris.
O levantamento foi feito em março e abril e ouviu cerca de 8,7 mil pessoas no Brasil, Equador, México, nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Holanda, França, Alemanha e Índia.
Ao lado do México, o Brasil teve respostas acima da média dos demais entrevistados sobre temas como aquecimento global, desmatamento, desenvolvimento sustentável e responsabilidade social corporativa. 92% dos brasileiros disseram já ter ouvido falar sobre biodiversidade e 48% conseguiram dar definições corretas para o termo.
Entre os mexicanos, 52% deram respostas corretas. Os outros índices de acerto foram: Alemanha (47%), Holanda (45%), Reino Unido e Estados Unidos (39%) e França (37%). Os piores resultados ficaram com o Equador (17%) e a Índia (2%). A meta da Organização das Nações Unidas (ONU) é que até 2020 toda a população mundial saiba sobre biodiversidade.
Entre as respostas corretas para biodiversidade estavam: "É tudo o que envolve a natureza e seus habitantes, plantas, insetos, animais, águas e a diversidade da fauna e flora como um todo”, dada pelos participantes do Brasil, ou “A diversidade de todas as criaturas e plantas, a diversidade da natureza na Terra”, da Alemanha.
A pesquisa revelou ainda que a população jovem brasileira é a mais bem informada sobre o tema. 57% sabem o que é a biodiversidade, enquanto a média para esse perfil é 43%.
Os entrevistados também estão atentos à origem do que consomem. Do público brasileiro, 89% disseram se preocupar com o fato de as empresas adotarem boas práticas de acesso e uso dos insumos naturais, além de manifestar interesse em ser mais bem informado sobre essas práticas. Os brasileiros disseram se informar sobre o assunto pela televisão e pelo rádio.
Houve aumento do número de acertos para a definição de biodiversidade desde a primeira edição da Barômetro da Biodiversidade. A média global passou de 30%, em 2009, para 39% de acertos, em 2015.
Segundo a União para o BioComércio Ético, além de melhorar nos conceitos nos últimos sete anos, os entrevistados passaram a relacionar o meio ambiente com produtos do dia a dia, como alimentos, medicamentos e cosméticos.
Na média geral, 79% deles querem saber a procedência dos ingredientes que compõem os produtos alimentícios e 87% declaram comprar alimentos que seguem essa linha.
O levantamento revela, ainda, que 83% dos que foram ouvidos esperam que os fabricantes adotem políticas de respeito à biodiversidade e, mais uma vez, Brasil e México se destacam, com 92% e 95%, respectivamente.
A pesquisa Barômetro da Biodiversidade entrevistou 47 mil consumidores em 16 países entre 2009 e 2015.
Marco da Biodiversidade
A presidenta Dilma Rousseff sancionou no dia 20 de maio o novo Marco Legal da Biodiversidade, que regulamenta o acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado.
A lei define regras para acesso aos recursos da biodiversidade por pesquisadores e pela indústria e regulamenta o direito dos povos tradicionais à repartição dos benefícios pelo uso de seus conhecimentos da natureza, inclusive com a criação de um fundo específico para esse pagamento.
“Conseguimos elaborar uma lei que combina nossa capacidade de desenvolver, de incluir as pessoas nesse desenvolvimento e gerar inovação a partir de pesquisa em ciência e tecnologia. Estamos garantindo que haja um ambiente favorável, amigável, para que pessoas que têm o conhecimento tradicional tenham direito a uma participação, recebam o royalty [direito autoral]; estamos garantindo que pesquisadores não tenham limites para pesquisar; e estamos garantindo que empresas possam, sem conflitos e sem atribulações ou contestação, utilizar esse conhecimento”, disse a presidenta quando sancionou o Marco da Biodiversidade.
Fonte: Painel Florestal
Parceria entre o Projeto Florestas e Florestas do Futuro totalizará mais de 500 mil árvores plantadas até o final de 2015. A Fundação SO...
Parceria entre o Projeto Florestas e Florestas do Futuro totalizará mais de 500 mil árvores plantadas até o final de 2015.
A Fundação SOS Mata Atlântica e a Ypê anunciaram a renovação da parceria entre o Projeto Florestas Ypê e o Projeto Florestas do Futuro. Nesta fase serão plantadas mais de 50 mil mudas de espécies nativas de Mata Atlântica, visando à restauração florestal com foco principal na recuperação de matas ciliares e conservação da biodiversidade no Brasil.
Com a renovação da parceria entre as duas instituições, mais de meio milhão de árvores terão sido plantadas em áreas de Mata Atlântica nativas até o final de 2015. O plantio das mudas se dará por meio do Projeto Florestas Ypê, em conjunto com o Projeto Florestas do Futuro da Fundação SOS Mata Atlântica, que reúne a sociedade civil, a iniciativa privada, os proprietários de terras e o poder público em um único programa participativo de restauração florestal.
“A SOS Mata Atlântica e a Ypê mantêm desde 2007 esta parceria, que além dos benefícios ambientais ajuda muita gente na geração de trabalho e renda, com empregos indiretos e diretos. É uma forma inspiradora de estimular ações de sustentabilidade e cidadania, procurando engajar mais empresas e pessoas nesta causa. Estamos muito contentes com essa união e com os bons frutos que virão”, afirma Márcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica.
Fonte: Painel Florestal
"Biodiesel -- A Energia do Brasil" O vídeo é uma animação que narra a produção do biodiesel brasileiro, mostrando a importância...
"Biodiesel -- A Energia do Brasil"
O vídeo é uma animação que narra a produção do biodiesel brasileiro, mostrando a importância de cada um dos agentes da cadeia produtiva, os benefícios associados à utilização deste biocombustível e os avanços e expectativas do setor.
Uma produção da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene - Ubrabio
Roteiro: Bruno Saviotti, Maria Carolina Santana, Michael Danglen Monteiro
Ilustração: Anna Rewinska
Diretor de Animação e Primeiro Animador: Victor Kitamoto
Segundo Animador: Jandher Ernane
Música: Franco Pellegrini
Locução: Allan Tavares
O vídeo é uma animação que narra a produção do biodiesel brasileiro, mostrando a importância de cada um dos agentes da cadeia produtiva, os benefícios associados à utilização deste biocombustível e os avanços e expectativas do setor.
Uma produção da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene - Ubrabio
Roteiro: Bruno Saviotti, Maria Carolina Santana, Michael Danglen Monteiro
Ilustração: Anna Rewinska
Diretor de Animação e Primeiro Animador: Victor Kitamoto
Segundo Animador: Jandher Ernane
Música: Franco Pellegrini
Locução: Allan Tavares
SILVEIRA, A. L. M. ; QUEIROZ, L. A. L. ; FONSECA, R. M. ; TEIXEIRA, N. de C. ; MELO, A. C. P. A. de ; LABOISSIÈRE, L. H. E. S. ; ANDRADE, ...
SILVEIRA, A. L. M.; QUEIROZ, L. A. L.; FONSECA, R. M.; TEIXEIRA, N. de C.; MELO, A. C. P. A. de; LABOISSIÈRE, L. H. E. S.;ANDRADE, M. H. C.;
Artigo:
A presença de palmeiras Macaúba (Acrocomia aculeata) no Estado de Minas Gerais é uma constante que gera uma intensa atividade extrativista em diversas regiões do Estado. Principalmente no Norte de Minas Gerais é conhecida a utilização das diversas partes da Macaúba pelo mercado, gerando renda para diversas famílias. Atualmente seus frutos têm sido mais utilizados para obtenção de óleo a partir da polpa e da amêndoa, produzindo uma quantidade apreciável de coprodutos com menor valor comercial, dentre eles, destacam-se as tortas resultantes da extração por prensagem das partes polpa e amêndoa. Com foco na agregação de valor a esses coprodutos, o objetivo deste trabalho foi propor mais uma forma de utilização da torta da amêndoa da Macaúba, que apresentou características nutricionais e sensoriais interessantes para o consumo humano. Nesse sentido, três diferentes fórmulas foram elaboradas para produção de um biscoito tipo “cookie” feito com a torta da amêndoa da Macaúba, com 0%, 30% e 60% de substituição da farinha de trigo pela torta. Os “cookies” com 0%, 30% e 60% apresentaram as seguintes composições centesimais, respectivamente: umidade, 9,51%, 10,34% e 7,41%; resíduo mineral fixo, 2,32%, 2,52% e 2,97%; proteínas totais, 6,72%, 6,93% e 10,27%; lipídios, 4,88%, 10,07% e 13,81%; fibras, 2,90%, 4,58% e 9,28%; carboidratos, 76,57%, 70,14% e 65,54%; sódio, 5,28 mg/g, 4,07 mg/g e 4,71 mg/g; valor calórico, 377,08 kcal, 398,91 kcal e 427,53 kcal. Os resultados da análise sensorial indicam que ambas as formulações contendo a torta da amêndoa foram bem aceita pelos provadores indicando a possibilidade de introdução de um novo produto no setor
O Brasil poderá ter uma política nacional de produção de biocombustíveis por microusinas, unidades com capacidade de produção de até 5 mil...
O Brasil poderá ter uma política nacional de produção de biocombustíveis por microusinas, unidades com capacidade de produção de até 5 mil litros de álcool operadas por agricultores familiares. Projeto com esse objetivo foi aprovado nesta terça-feira (23) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
De autoria do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), o PLS 252/2011 já foi aprovado pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) e, na CAE, recebeu relatório favorável da senadora Lúcia Vânia (Sem partido-GO). Na CI, o substitutivo reformula a abordagem normativa do projeto, que passa da criação de um programa de microusinas para a instituição de política nacional de produção de biocombustíveis por microusinas. Adapta os termos “álcool e biocombustível” e “microdestilaria”, usando “biocombustíveis” e “microusinas”.
O substitutivo da CI proíbe a venda direta de biocombustível a postos de revenda de livre acesso. Também introduz dispositivos para garantir a sustentabilidade social e ambiental dos projetos, estimular as atividades de pesquisa e desenvolvimento nas áreas industrial e agrícola de produção de biocombustíveis por meio de microusinas e também incentivar o desenvolvimento da cadeia produtiva de equipamentos para microusinas.
Conforme emenda de Lúcia Vânia na CAE, os biocombustíveis comercializados pelas microusinas devem atender às especificações físico-químicas determinadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), sob pena de responsabilização administrativa, civil e penal.
A matéria ainda será examinada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, em decisão terminativa.
Fonte: Agencia Senado - retirado de Biomercado
De autoria do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), o PLS 252/2011 já foi aprovado pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) e, na CAE, recebeu relatório favorável da senadora Lúcia Vânia (Sem partido-GO). Na CI, o substitutivo reformula a abordagem normativa do projeto, que passa da criação de um programa de microusinas para a instituição de política nacional de produção de biocombustíveis por microusinas. Adapta os termos “álcool e biocombustível” e “microdestilaria”, usando “biocombustíveis” e “microusinas”.
O substitutivo da CI proíbe a venda direta de biocombustível a postos de revenda de livre acesso. Também introduz dispositivos para garantir a sustentabilidade social e ambiental dos projetos, estimular as atividades de pesquisa e desenvolvimento nas áreas industrial e agrícola de produção de biocombustíveis por meio de microusinas e também incentivar o desenvolvimento da cadeia produtiva de equipamentos para microusinas.
Conforme emenda de Lúcia Vânia na CAE, os biocombustíveis comercializados pelas microusinas devem atender às especificações físico-químicas determinadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), sob pena de responsabilização administrativa, civil e penal.
A matéria ainda será examinada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, em decisão terminativa.
Fonte: Agencia Senado - retirado de Biomercado
Produzir mais alimentos e fibras e ainda realizar serviços ambientais. Como uma das poucas tecnologias que possibilitam conciliar estas du...
Produzir mais alimentos e fibras e ainda realizar serviços ambientais. Como uma das poucas tecnologias que possibilitam conciliar estas duas demandas do mundo, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) foi tema de um painel realizado durante o VII Congresso Brasileiro de Soja, em Florianópolis.
Em quatro palestras, os participantes puderam ver como a ILPF vem sendo adotada em diferentes regiões brasileiras, com características climáticas e produtivas muito distintas.
Na região subtropical do país, por exemplo, as áreas com integração estão crescendo com a entrada da pecuária na entressafra das lavouras. Já em áreas tropicais, como o norte do Paraná e a região Centro-Oeste, ocorre o inverso: a lavoura é que entra em áreas de pastagens degradadas como estratégia de recuperação da fertilidade do solo e melhoria das plantas forrageiras.
Ajustável a diferentes condições de clima, solo e relevo, a ILPF também pode ser montada de acordo com as características de mercado e logística da região da fazenda.
"Eu não imagino a integração sendo realizada por todos os produtores rurais. Existem perfis bastante diferenciados, tamanho de propriedades, pessoas que gostam mais ou gostam menos de trabalhar com esses sistemas mais complexos. Mas, sem dúvida, é uma possibilidade que está disponível tecnologicamente e também do ponto de vista de crédito, por meio do Programa ABC", afirma o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Paulo Carvalho.
De acordo com ele, a integração de sistemas não é novidade na agropecuária, uma vez que há mais de 8 mil anos já se fazia algum tipo de integração. O que é novo é a adoção de tecnologias modernas, como o plantio direto na palha, por exemplo, e o planejamento, trabalhando o sistema produtivo como uma unidade complexa, onde existe sinergia entre os componentes.
Os estudos de caso apresentados durante o painel mostraram que além de aumentar e diversificar a produção em uma mesma área, os sistemas integrados geram benefícios ambientais. Entre eles está o aumento da matéria orgânica no solo, a maior infiltração de água e a menor emissão de gases de efeito estufa.
"O que já existe dessa tecnologia a campo não nos faz ter absolutamente nenhuma dúvida de que essa tecnologia seja conciliadora de produção de alimentos com baixo impacto ambiental e produção de serviços para os ecossistemas. O que observamos é que os produtores poderiam usar mais essa tecnologia para trabalhar com a agricultura e pecuária de uma nova forma. Dentro de novos paradigmas, em particular, preocupados com a produção de serviços ambientais também", analisa Carvalho.
Fomento e desafios
O aumento da área com integração lavoura-pecuária-floresta no Brasil é uma das metas do país visando o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na agricultura. Para fomentar a tecnologia, foi criada a linha de crédito Programa ABC, que traz prazos de pagamento e períodos de carência variados conforme a tecnologia a ser utilizada. De acordo com Sérgio Bulla, do Banco do Brasil, foram destinados para a safra 2014/2015 R$ 3,2 bilhões por essa linha de crédito e a maior parte já foi investida.
Se por um lado o crédito estimula a adoção da ILPF, por outro a ausência de mão-de-obra qualificada dificulta seu uso. Isso porque sendo um sistema complexo, a integração exige profissionais com conhecimento geral sobre a atividade agropecuária.
"Esse profissional com uma visão mais holística, mais sistêmica, que olha a propriedade e os processos como um todo, e não segmentos da propriedade, lamentavelmente está se tornando raro. A falta desse profissional, com essa capacitação, de fato, é limitante para a expansão da tecnologia da integração", analista Paulo Carvalho.
Congresso de ILPF
A integração lavoura-pecuária-floresta será tema de um congresso mundial que a Embrapa promoverá de 12 a 17 de julho em Brasília. Mais informações no site www.wcclf2015.com.br.
Gabriel Faria (mtb 15.624/MG)
Embrapa
soja.imprensa@embrapa.br
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/
Em quatro palestras, os participantes puderam ver como a ILPF vem sendo adotada em diferentes regiões brasileiras, com características climáticas e produtivas muito distintas.
Na região subtropical do país, por exemplo, as áreas com integração estão crescendo com a entrada da pecuária na entressafra das lavouras. Já em áreas tropicais, como o norte do Paraná e a região Centro-Oeste, ocorre o inverso: a lavoura é que entra em áreas de pastagens degradadas como estratégia de recuperação da fertilidade do solo e melhoria das plantas forrageiras.
Ajustável a diferentes condições de clima, solo e relevo, a ILPF também pode ser montada de acordo com as características de mercado e logística da região da fazenda.
"Eu não imagino a integração sendo realizada por todos os produtores rurais. Existem perfis bastante diferenciados, tamanho de propriedades, pessoas que gostam mais ou gostam menos de trabalhar com esses sistemas mais complexos. Mas, sem dúvida, é uma possibilidade que está disponível tecnologicamente e também do ponto de vista de crédito, por meio do Programa ABC", afirma o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Paulo Carvalho.
De acordo com ele, a integração de sistemas não é novidade na agropecuária, uma vez que há mais de 8 mil anos já se fazia algum tipo de integração. O que é novo é a adoção de tecnologias modernas, como o plantio direto na palha, por exemplo, e o planejamento, trabalhando o sistema produtivo como uma unidade complexa, onde existe sinergia entre os componentes.
Os estudos de caso apresentados durante o painel mostraram que além de aumentar e diversificar a produção em uma mesma área, os sistemas integrados geram benefícios ambientais. Entre eles está o aumento da matéria orgânica no solo, a maior infiltração de água e a menor emissão de gases de efeito estufa.
"O que já existe dessa tecnologia a campo não nos faz ter absolutamente nenhuma dúvida de que essa tecnologia seja conciliadora de produção de alimentos com baixo impacto ambiental e produção de serviços para os ecossistemas. O que observamos é que os produtores poderiam usar mais essa tecnologia para trabalhar com a agricultura e pecuária de uma nova forma. Dentro de novos paradigmas, em particular, preocupados com a produção de serviços ambientais também", analisa Carvalho.
Fomento e desafios
O aumento da área com integração lavoura-pecuária-floresta no Brasil é uma das metas do país visando o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na agricultura. Para fomentar a tecnologia, foi criada a linha de crédito Programa ABC, que traz prazos de pagamento e períodos de carência variados conforme a tecnologia a ser utilizada. De acordo com Sérgio Bulla, do Banco do Brasil, foram destinados para a safra 2014/2015 R$ 3,2 bilhões por essa linha de crédito e a maior parte já foi investida.
Se por um lado o crédito estimula a adoção da ILPF, por outro a ausência de mão-de-obra qualificada dificulta seu uso. Isso porque sendo um sistema complexo, a integração exige profissionais com conhecimento geral sobre a atividade agropecuária.
"Esse profissional com uma visão mais holística, mais sistêmica, que olha a propriedade e os processos como um todo, e não segmentos da propriedade, lamentavelmente está se tornando raro. A falta desse profissional, com essa capacitação, de fato, é limitante para a expansão da tecnologia da integração", analista Paulo Carvalho.
Congresso de ILPF
A integração lavoura-pecuária-floresta será tema de um congresso mundial que a Embrapa promoverá de 12 a 17 de julho em Brasília. Mais informações no site www.wcclf2015.com.br.
Gabriel Faria (mtb 15.624/MG)
Embrapa
soja.imprensa@embrapa.br
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/
Fonte: Embrapa
A nova edição do jornal Agroenergético traz a cobertura do Seminário B20 Metropolitano e do Painel de Especialistas para Aproveitamento E...
A nova edição do jornal Agroenergético traz a cobertura do Seminário B20 Metropolitano e do Painel de Especialistas para Aproveitamento Energético da Casca do Coco-verde. Leia também artigo sobre Matérias-primas oleaginosas para bioquerosene de aviação e outras matérias.
Fonte: Embrapa Agroenergia - retirado de Ubrabio
O Prosa Rural desta semana traz como tema "Agroenergia: a agricultura como fonte de energia limpa e renovável", esclarecendo aos...
O Prosa Rural desta semana traz como tema "Agroenergia: a agricultura como fonte de energia limpa e renovável", esclarecendo aos ouvintes e ao produtor questões que têm muito a ver com a modernidade, como por exemplo, sua importância e de que maneira os agricultores familiares das regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste poderão produzir matéria-prima para os biocombustíveis.
O programa inclui uma entrevista com o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Agroenergia, Esdras Sundfeld. O pesquisador explica que o pequeno produtor não deve parar de produzir alimentos para produzir matérias-primas utilizadas na fabricação do biodiesel. "É importante que o pequeno produtor continue produzindo alimentos que vão garantir o sustento da sua família", salienta.
De acordo com Sundfeld, a produção de matérias-primas para biodiesel é viável para aumentar a renda do pequeno produtor, para investir na sua própria propriedade. Sundfeld ressalta que as indústrias exigem uma quantidade de matéria-prima bastante elevada e que nenhum produtor sozinho pode garantir. "É importante um arranjo produtivo local", enfatiza.
Normalmente, os pequenos produtores se juntam em cooperativas para garantir o fornecimento do volume de produção que a indústria requer. Ao fazerem isso, também adquirem maior poder de negociação no momento de definir o preço das mercadorias.Com o programa, os ouvintes vão conhecer mais um serviço da Embrapa que, em breve, estará disponível na internet: a árvore do conhecimento de agroenergia. Essa tecnologia é um sistema em que o produtor pode encontrar informações sobre vários produtos e temas pesquisados pela Empresa, como a agroenergia. Quem traz mais detalhes sobre esse recurso online é o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, José Gilberto Jardine.
O programa inclui uma entrevista com o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Agroenergia, Esdras Sundfeld. O pesquisador explica que o pequeno produtor não deve parar de produzir alimentos para produzir matérias-primas utilizadas na fabricação do biodiesel. "É importante que o pequeno produtor continue produzindo alimentos que vão garantir o sustento da sua família", salienta.
De acordo com Sundfeld, a produção de matérias-primas para biodiesel é viável para aumentar a renda do pequeno produtor, para investir na sua própria propriedade. Sundfeld ressalta que as indústrias exigem uma quantidade de matéria-prima bastante elevada e que nenhum produtor sozinho pode garantir. "É importante um arranjo produtivo local", enfatiza.
Normalmente, os pequenos produtores se juntam em cooperativas para garantir o fornecimento do volume de produção que a indústria requer. Ao fazerem isso, também adquirem maior poder de negociação no momento de definir o preço das mercadorias.Com o programa, os ouvintes vão conhecer mais um serviço da Embrapa que, em breve, estará disponível na internet: a árvore do conhecimento de agroenergia. Essa tecnologia é um sistema em que o produtor pode encontrar informações sobre vários produtos e temas pesquisados pela Empresa, como a agroenergia. Quem traz mais detalhes sobre esse recurso online é o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, José Gilberto Jardine.
Resumo
Região Centro-Oeste/Sudeste
Agroenergia: a agricultura como fonte de energia limpa e renovável
Região Sul
Agroenergia: a agricultura como fonte de energia limpa e renovável
Fonte: Embrapa Agroenergia - retirado de Ubrabio
O Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) divulgou na ultima sexta-feira, 19 de junho, uma medida aprovada po...
O Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) divulgou na ultima sexta-feira, 19 de junho, uma medida aprovada por eles que libera o montante de 7,5 milhões de reais para projetos de adaptação aos prejuízos causados pelo aquecimento global.
O valor aplicado pelo Fundo Clima se refere aos recursos que não são reembolsáveis operados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Dentre os investimentos apoiados pelo Fundo está a construção de indicadores de vulnerabilidade da população, o qual trata-se de um projeto criado pela Fundação Oswaldo Cruz.
Além deste projeto citado, outros voltados para produção de energia solar e de biogás também são apoiados pelo comitê. A intenção é que projetos sustentáveis reduzam os impactos causados pela mudança climática que atinge principalmente os recursos hídricos do Cerrado.
Fonte: Biomassa BR
O valor aplicado pelo Fundo Clima se refere aos recursos que não são reembolsáveis operados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Dentre os investimentos apoiados pelo Fundo está a construção de indicadores de vulnerabilidade da população, o qual trata-se de um projeto criado pela Fundação Oswaldo Cruz.
Além deste projeto citado, outros voltados para produção de energia solar e de biogás também são apoiados pelo comitê. A intenção é que projetos sustentáveis reduzam os impactos causados pela mudança climática que atinge principalmente os recursos hídricos do Cerrado.
Fonte: Biomassa BR
Em busca de colaborar com o meio ambiente, o Banco do Brasil (BB) divulgou este mês que ampliou o consórcio para aquisição de bens e servi...
Em busca de colaborar com o meio ambiente, o Banco do Brasil (BB) divulgou este mês que ampliou o consórcio para aquisição de bens e serviços sustentáveis. Apesar de já existir desde 2013, o consórcio oferecia apenas cartas de crédito para aquisição de bicicletas elétricas.
A ampliação irá favorecer famílias, empresas e propriedades rurais para compra de equipamentos de eficiência energética como energia solar, além de equipamentos para a reutilização da água da chuva, por exemplo.
As cartas de créditos irão variar até sete mil reais para a aquisição de produtos e farão parte de planos com pagamento em até 36 vezes e com taxas de juros a partir de 0,56% ao mês. O financiamento liberará a compra de equipamentos como painéis solares, sistemas de reuso da água, bicicletas elétricas, luminária solar, climatizador evaporativo entre outros.
Já para o quesito serviços, o financiamento pode chegar até 15 mil reais com oportunidade de pagamento em 30 vezes e juros a partir de 0,56% ao mês. Estão inclusos nos serviços a instalação e o funcionamento dos bens sustentáveis adquiridos.
De acordo com o BB, as cotas serão liberadas tanto para pessoas físicas como jurídicas. Não haverá taxa de adesão e o sorteio será realizado por meio da Loteria Federal.
Fonte: Biomassa BR
A ampliação irá favorecer famílias, empresas e propriedades rurais para compra de equipamentos de eficiência energética como energia solar, além de equipamentos para a reutilização da água da chuva, por exemplo.
As cartas de créditos irão variar até sete mil reais para a aquisição de produtos e farão parte de planos com pagamento em até 36 vezes e com taxas de juros a partir de 0,56% ao mês. O financiamento liberará a compra de equipamentos como painéis solares, sistemas de reuso da água, bicicletas elétricas, luminária solar, climatizador evaporativo entre outros.
Já para o quesito serviços, o financiamento pode chegar até 15 mil reais com oportunidade de pagamento em 30 vezes e juros a partir de 0,56% ao mês. Estão inclusos nos serviços a instalação e o funcionamento dos bens sustentáveis adquiridos.
De acordo com o BB, as cotas serão liberadas tanto para pessoas físicas como jurídicas. Não haverá taxa de adesão e o sorteio será realizado por meio da Loteria Federal.
Fonte: Biomassa BR
Relatório da Agência Internacional de Energia pede descarbonização global. Setor de energia é responsável por 2/3 das emissões de gases at...
Relatório da Agência Internacional de Energia pede descarbonização global. Setor de energia é responsável por 2/3 das emissões de gases atuais.
O investimento em energias renováveis e a eliminação de subsídios aos combustíveis fósseis são a chave para a redução das emissões nocivas de gases-estufa e limitação da temperatura global em 2ºC, de acordo com um novo relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia, a AIE, nesta segunda-feira (15).
A AIE apresentou o documento “Energia e Mudanças Climáticas” em contribuição para o debate das Nações Unidas do acordo para frear o aquecimento global, que deverá ser assinado no fim deste ano durante a COP 21, em Paris.
Segundo o economista-chefe da agência, Fatih Birol, o setor de energia é responsável por mais de dois terços de todas as emissões nocivas, à frente da agricultura e dos transportes, de modo que “qualquer acordo fechado em Paris deverá levar isso em conta”, explicou.
A instituição, que analisa a situação energética nos 29 países membros, ressalta que quaisquer compromissos apresentados até agora – o que inclui anúncios feitos pelos Estados Unidos, União Europeia e China – não serão suficientes para conter o ritmo atual de aquecimento.
O texto alerta que se não forem tomadas medidas mais fortes a partir de 2030, a temperatura global aumentaria 2,6ºC até 2100 e cerca de 3,5ºC até 2200.
Quatro pilares
Como principal recomendação aos países, o organismo propõe um plano de quatro pilares, em que a primeira meta é baixar as emissões a partir de 2020, quando o total de gases lançados na atmosfera deverá atingir seu ápice.
Para conseguir isso, a agência afirma que é preciso melhorar a eficiência energética, proibindo o uso de carros ou eletrodomésticos pouco eficientes, vetar a construção de novas usinas de carvão poluentes e aumentar o investimento anual em energias renováveis dos atuais US$ 270 bilhões (dado de 2014) para US$ 400 bilhões em 2030.
Também é preciso eliminar progressivamente os subsídios aos combustíveis fósseis, orçados em US$ 500 bilhões anuais e destinados, principalmente, ao Oriente Médio e Ásia.
O segundo pilar é a necessidade de avaliar os compromissos de cada país para conter a emissão de gases a cada cinco anos, já que as mudanças tecnológicas acontecem rapidamente e, por isso, são necessárias adaptações e melhoras nos planos nacionais.
A AIE propõe ainda, como terceiro ponto, um percentual de redução das emissões em escala global (algo entre 40% e 70%, conforme sugerido no encontro dos sete países mais ricos, o G7) e, como quarto pilar, estabelecer um mecanismo de contabilidade para monitorar o progresso dos países no cumprimento de seus compromissos energéticos.
Fonte: G1 - retirado de CIFlorestas
O investimento em energias renováveis e a eliminação de subsídios aos combustíveis fósseis são a chave para a redução das emissões nocivas de gases-estufa e limitação da temperatura global em 2ºC, de acordo com um novo relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia, a AIE, nesta segunda-feira (15).
A AIE apresentou o documento “Energia e Mudanças Climáticas” em contribuição para o debate das Nações Unidas do acordo para frear o aquecimento global, que deverá ser assinado no fim deste ano durante a COP 21, em Paris.
Segundo o economista-chefe da agência, Fatih Birol, o setor de energia é responsável por mais de dois terços de todas as emissões nocivas, à frente da agricultura e dos transportes, de modo que “qualquer acordo fechado em Paris deverá levar isso em conta”, explicou.
A instituição, que analisa a situação energética nos 29 países membros, ressalta que quaisquer compromissos apresentados até agora – o que inclui anúncios feitos pelos Estados Unidos, União Europeia e China – não serão suficientes para conter o ritmo atual de aquecimento.
O texto alerta que se não forem tomadas medidas mais fortes a partir de 2030, a temperatura global aumentaria 2,6ºC até 2100 e cerca de 3,5ºC até 2200.
Quatro pilares
Como principal recomendação aos países, o organismo propõe um plano de quatro pilares, em que a primeira meta é baixar as emissões a partir de 2020, quando o total de gases lançados na atmosfera deverá atingir seu ápice.
Para conseguir isso, a agência afirma que é preciso melhorar a eficiência energética, proibindo o uso de carros ou eletrodomésticos pouco eficientes, vetar a construção de novas usinas de carvão poluentes e aumentar o investimento anual em energias renováveis dos atuais US$ 270 bilhões (dado de 2014) para US$ 400 bilhões em 2030.
Também é preciso eliminar progressivamente os subsídios aos combustíveis fósseis, orçados em US$ 500 bilhões anuais e destinados, principalmente, ao Oriente Médio e Ásia.
O segundo pilar é a necessidade de avaliar os compromissos de cada país para conter a emissão de gases a cada cinco anos, já que as mudanças tecnológicas acontecem rapidamente e, por isso, são necessárias adaptações e melhoras nos planos nacionais.
A AIE propõe ainda, como terceiro ponto, um percentual de redução das emissões em escala global (algo entre 40% e 70%, conforme sugerido no encontro dos sete países mais ricos, o G7) e, como quarto pilar, estabelecer um mecanismo de contabilidade para monitorar o progresso dos países no cumprimento de seus compromissos energéticos.
Fonte: G1 - retirado de CIFlorestas
Área corresponde a 53,56% do total passível de cadastro, baseada em dados do IBGE de 2006 e representa 212,92 milhões de hectares. O...
Área corresponde a 53,56% do total passível de cadastro, baseada em dados do IBGE de 2006 e representa 212,92 milhões de hectares.
O Serviço Florestal Brasileiro divulgou, nesta semana, que mais de 1,5 milhão de imóveis rurais estão inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR). A área cadastrada corresponde a 53,56% da área total passível de cadastro, baseada em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2006.
No último mês, 21 milhões de hectares foram cadastrados, chegando a 212,92 milhões de hectares. Os números estão no boletim informativo do CAR, que considera os dados inseridos no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) até 31 de maio.
A região Norte se destaca como a mais cadastrada, com 71,46 milhões de hectares, o que corresponde a 75,32% da estimativa da área a ser cadastrada. A região Sul é a que apresenta menos avanços, alcançando 286 mil imóveis e 17,54% da área passível de cadastro.
A estimativa da área passível de cadastro é calculada com base em dados do Censo Agropecuário IBGE 2006 e informações repassadas pelas unidades federativas. “Como o Censo tem nove anos, estamos em contato com os estados que possuem informações mais recentes para chegar em um dado cada vez atualizado”, explicou o diretor geral do Sistema Florestal Brasileiro, Raimundo Deusdará Filho.
Módulo de análise
Ainda de acordo com o diretor, todos os cadastros realizados passarão por uma análise técnica, que validará as informações declaradas. A análise é de responsabilidade dos Estados e do Distrito Federal, que poderão contar com um módulo eletrônico desenvolvido pelo SFB, com apoio da Universidade Federal de Lavras (MG).
“O módulo de análise já foi lançado no Mato Grosso, que tem mais de 70 mil cadastros a serem analisados. Estamos fechando um cronograma de capacitações e de disponibilização da ferramenta para os demais estados”, afirmou Deusdará.
Regularização ambiental
O Cadastro Ambiental Rural é um registro eletrônico obrigatório para regularização ambiental das propriedades e posses rurais do País. O CAR foi criado pela Lei 12.651/12 (Novo Código Florestal) e é uma ferramenta importante para auxiliar no combate ao desmatamento e no planejamento da recuperação de áreas degradadas. O prazo para o cadastramento se encerra em 5 de maio de 2016.
Fonte: Portal Brasil - retirado de CIFlorestas
No 43º Leilão de Biodiesel da ANP foram arrematados 661,5 milhões de litros de biodiesel, sendo 99,8% deste volume oriundo de produtores ...
No 43º Leilão de Biodiesel da ANP foram arrematados 661,5 milhões de litros de biodiesel, sendo 99,8% deste volume oriundo de produtores detentores do selo Combustível Social. O preço médio foi de R$ 2,171/L, sem considerar a margem Petrobras, e o valor total negociado atingiu o patamar de R$ 1,44 bilhão, refletindo num deságio médio de 11,35% quando comparado com o preço máximo de referência médio (R$ 2,449/L).
A apresentação das ofertas de biodiesel ocorreu em um único dia (09/06), com 34 produtores disponibilizando um volume total de 824,967 milhões de litros, sendo 97,05% de produtores detentores do selo Combustível Social.
No primeiro dia de seleção das ofertas (17/06), foram arrematados 560,058 milhões de litros de biodiesel exclusivamente de produtores detentores de selo Combustível Social, em torno de 67,9% do total ofertado para todo o leilão.
No segundo dia de seleção das ofertas (18/06), foram arrematados 101,5 milhões de litros de biodiesel de produtores detentores ou não de selo Combustível Social, em torno de 12,3% do total ofertado no leilão.
Os Leilões de Biodiesel destinam-se a atender o disposto na Lei nº 13.033, publicada no DOU em 24/09/14, que estabelece em 7% o percentual mínimo obrigatório de adição de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final (B7), a partir de 01/11/14.
O 43º Leilão (L43) visa garantir o abastecimento de biodiesel no mercado nacional durante o período de julho a agosto de 2015, conforme diretrizes da Portaria nº 476, de 15/08/12, do Ministério de Minas e Energia, e critérios estabelecidos no Edital de Leilão Público nº 003/15-ANP.
Os volumes comercializados somente serão validados após homologação pela diretoria da ANP.
Fonte: ANP - retirado de Biomercado
O setor da aviação é responsável hoje por 2% das emissões de gás carbônico na atmosfera e 3% de gases de efeito estufa. Esses índices pode...
O setor da aviação é responsável hoje por 2% das emissões de gás carbônico na atmosfera e 3% de gases de efeito estufa. Esses índices podem triplicar nas próximas décadas, com o anúncio da incorporação de 35 mil novas aeronaves ao tráfego aéreo nos próximos 20 anos. A informação foi divulgada no Salão Aeronáutico de Le Bourget, também conhecido como Paris Airshow, realizado até o dia 21 de junho na região parisiense.
Para Alexandre Filizola, gerente técnico de Análise Ambiental da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a entrada em circulação dessas aeronaves não representa um grande risco para o meio ambiente. "Incluir 35 mil novas aeronaves no sistema significa também que um número expressivo de aviões antigos e menos eficientes serão retirados de circulação", avalia.
Uma das preocupações dos expositores do Salão Aeronáutico neste ano é o engajamento das empresas pela redução de gases poluentes. Até 2050, os contrutores pretendem diminuir essas emissões pela metade. Para isso, as empresas apresentam novas soluções como aeronaves elétricas, motores híbridos, biocombustíveis, entre outros.
Brasil evolui no setor de biocombustíveis
Embora o Brasil não conte até o momento com uma política sobre biocombustíveis para a aviação, o país vem evoluindo nesse setor. Filizola destaca alguns deles: "a plataforma mineira de bioquerosene é um projeto muito interessante para o reflorestamento das cabeceiras do rio São Francisco com a macaúba, que serve de matéria-prima do diesel verde". "Além disso, a empresa Amyris já produz localmente biocombustível que tem sido utilizado em voos ecológicos da Gol Linhas Aéreas", relata.
Mas nem todos são tão otimistas sobre a evolução dos biocombustíveis na aviação. "É preciso considerar que não encontramos nada melhor até agora do que o jet fuel, feito de petróleo", pondera Pascal Pincemin, responsável pelo setor de aeronáutica na empresa de auditoria francesa Deloitte. Por outro lado, Pincemin reconhece progressos na área, como a modernização dos motores. Eles têm ajudado na diminuição do consumo de combustível. "Fizemos evoluções importantes nos últimos 30 anos e, cada vez mais, vamos reduzir a utilização de combustíveis", reitera.
Transporte marítimo polui mais
O avião, no entanto, não é o meio de transporte que mais polui. O especialista em aviação Kerley Oliveira, do Centro Universitário UNA e da UniBH, lembra que, em 2013, o transporte marítimo emitiu 460 milhões de toneladas de gás carbônico contra 360 milhões da aviação. "Se compararmos os aviões com os meios de transportes terrestres, como o automóvel, que comporta 5 pessoas, e um Boeing, que leva cerca de 300 pessoas, a eficiência deste último é muito maior", analisa.
7 bilhões de passageiros
O Grupo internacional de Ação para o Transporte Aéreo (Atag, da sigla em inglês), impõe a melhora de 1,5% na eficácia energética dos aviões para daqui a cinco anos. Um objetivo que deve enfrentar como obstáculo o crescimento do setor, vítima do próprio sucesso. Até 2035, o número de passageiros aéreos deve passar dos atuais 3 bilhões por ano para 7 bilhões de pessoas.
Fonte: RFI - retirado de Biomercado
Para Alexandre Filizola, gerente técnico de Análise Ambiental da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a entrada em circulação dessas aeronaves não representa um grande risco para o meio ambiente. "Incluir 35 mil novas aeronaves no sistema significa também que um número expressivo de aviões antigos e menos eficientes serão retirados de circulação", avalia.
Uma das preocupações dos expositores do Salão Aeronáutico neste ano é o engajamento das empresas pela redução de gases poluentes. Até 2050, os contrutores pretendem diminuir essas emissões pela metade. Para isso, as empresas apresentam novas soluções como aeronaves elétricas, motores híbridos, biocombustíveis, entre outros.
Brasil evolui no setor de biocombustíveis
Embora o Brasil não conte até o momento com uma política sobre biocombustíveis para a aviação, o país vem evoluindo nesse setor. Filizola destaca alguns deles: "a plataforma mineira de bioquerosene é um projeto muito interessante para o reflorestamento das cabeceiras do rio São Francisco com a macaúba, que serve de matéria-prima do diesel verde". "Além disso, a empresa Amyris já produz localmente biocombustível que tem sido utilizado em voos ecológicos da Gol Linhas Aéreas", relata.
Mas nem todos são tão otimistas sobre a evolução dos biocombustíveis na aviação. "É preciso considerar que não encontramos nada melhor até agora do que o jet fuel, feito de petróleo", pondera Pascal Pincemin, responsável pelo setor de aeronáutica na empresa de auditoria francesa Deloitte. Por outro lado, Pincemin reconhece progressos na área, como a modernização dos motores. Eles têm ajudado na diminuição do consumo de combustível. "Fizemos evoluções importantes nos últimos 30 anos e, cada vez mais, vamos reduzir a utilização de combustíveis", reitera.
Transporte marítimo polui mais
O avião, no entanto, não é o meio de transporte que mais polui. O especialista em aviação Kerley Oliveira, do Centro Universitário UNA e da UniBH, lembra que, em 2013, o transporte marítimo emitiu 460 milhões de toneladas de gás carbônico contra 360 milhões da aviação. "Se compararmos os aviões com os meios de transportes terrestres, como o automóvel, que comporta 5 pessoas, e um Boeing, que leva cerca de 300 pessoas, a eficiência deste último é muito maior", analisa.
7 bilhões de passageiros
O Grupo internacional de Ação para o Transporte Aéreo (Atag, da sigla em inglês), impõe a melhora de 1,5% na eficácia energética dos aviões para daqui a cinco anos. Um objetivo que deve enfrentar como obstáculo o crescimento do setor, vítima do próprio sucesso. Até 2035, o número de passageiros aéreos deve passar dos atuais 3 bilhões por ano para 7 bilhões de pessoas.
Fonte: RFI - retirado de Biomercado
Ao menos três milhões de mortes poderiam ser evitadas no mundo anualmente com o respeito às normas sobre a poluição do ar da Organização M...
Ao menos três milhões de mortes poderiam ser evitadas no mundo anualmente com o respeito às normas sobre a poluição do ar da Organização Mundial de Saúde (OMS), especialmente na China e na Índia, destaca um estudo publicado nesta terça-feira.
A poluição do ar é responsável por cerca de 3,2 milhões de mortes ao ano, segundo estimativa da OMS, o que supera os óbitos provocados pela Aids e a malária juntas, destacam os autores do estudo, publicado na revista Environmental Science and Technology.
Estas partículas procedem da combustão do carvão nas centrais elétricas, do escapamento dos automóveis e de outras emissões industriais. Nos países de baixa renda são resultado da queima da lenha em fogões ou na calefação.
A maioria da população mundial vive com concentrações superiores a 10 microgramas por litro de ar, o máximo aceitável segundo a OMS, mas em algumas partes de Índia e China tal índice supera os 100 microgramas.
"Tratamos de determinar o quanto devem reduzir nos diferentes lugares do mundo estas partículas para diminuir a mortalidade", explicou Joshua Apte, um dos pesquisadores da Universidade do Texas.
O modelo informático elaborado para este estudo "poderá ajudar a conceber estratégias para proteger a saúde pública".
Índia e China deveriam reduzir seu nível médio de partículas de 20 a 30% para manter sua taxa atual de mortalidade, levando-se em conta sua progressão demográfica, estimam os pesquisadores.
Mas para chegar a 10 microgramas/litro seriam necessárias medidas drásticas: para reduzir a média de mortalidade devido à poluição do ar os países mais contaminados precisam baixar em 68% a densidade de micropartículas em relação aos níveis de 2010.
Os países da Ásia respondem por 72% dos 3,2 milhões de óbitos anuais causados pela poluição do ar.
Nas nações menos poluídas, como Estados Unidos, uma redução de 25% na concentração de micropartículas salvaria 500 mil vidas anualmente.
Leia também:
Biodiesel pode entrar nas negociações do clima
A qualidade de vida da população nas grandes cidades depende do combustível que ela usa
A poluição do ar é responsável por cerca de 3,2 milhões de mortes ao ano, segundo estimativa da OMS, o que supera os óbitos provocados pela Aids e a malária juntas, destacam os autores do estudo, publicado na revista Environmental Science and Technology.
Estas partículas procedem da combustão do carvão nas centrais elétricas, do escapamento dos automóveis e de outras emissões industriais. Nos países de baixa renda são resultado da queima da lenha em fogões ou na calefação.
A maioria da população mundial vive com concentrações superiores a 10 microgramas por litro de ar, o máximo aceitável segundo a OMS, mas em algumas partes de Índia e China tal índice supera os 100 microgramas.
"Tratamos de determinar o quanto devem reduzir nos diferentes lugares do mundo estas partículas para diminuir a mortalidade", explicou Joshua Apte, um dos pesquisadores da Universidade do Texas.
O modelo informático elaborado para este estudo "poderá ajudar a conceber estratégias para proteger a saúde pública".
Índia e China deveriam reduzir seu nível médio de partículas de 20 a 30% para manter sua taxa atual de mortalidade, levando-se em conta sua progressão demográfica, estimam os pesquisadores.
Mas para chegar a 10 microgramas/litro seriam necessárias medidas drásticas: para reduzir a média de mortalidade devido à poluição do ar os países mais contaminados precisam baixar em 68% a densidade de micropartículas em relação aos níveis de 2010.
Os países da Ásia respondem por 72% dos 3,2 milhões de óbitos anuais causados pela poluição do ar.
Nas nações menos poluídas, como Estados Unidos, uma redução de 25% na concentração de micropartículas salvaria 500 mil vidas anualmente.
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A qualidade de vida da população nas grandes cidades depende do combustível que ela usa
Fonte: France Presse - retirado de Ubrabio
Por ser um combustível limpo e renovável, o aumento da mistura de biodiesel ao diesel fóssil melhora a qualidade do ar dos municípios bras...
Por ser um combustível limpo e renovável, o aumento da mistura de biodiesel ao diesel fóssil melhora a qualidade do ar dos municípios brasileiros e contribui para que o Brasil reduza as emissões de GEE provenientes do uso de combustíveis fósseis
Novos caminhos para descarbonizar o transporte urbano no Brasil foi o tema central de reunião entre a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e representantes da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FrenteBio), da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene) e demais entidades do setor, realizada nesta terça-feira (16).
“O Brasil tem a oportunidade de apresentar na COP 21 um programa que já vem dando certo”, afirmou o presidente da FrenteBio, deputado federal Evandro Gussi (PV-SP) ao defender um marco regulatório que dê previsibilidade ao setor de biodiesel, tendo em vista que o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) representa uma pauta positiva para o País.
“Sabendo do desejo do Brasil de contribuir e protagonizar esse processo de redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE), com o processo de aumento de mistura de biodiesel, para além da questão econômica, sob o ponto de vista ambiental, nós temos condições de apresentar um programa concreto que contribui para a redução de emissões de gases do efeito estufa”, destacou o deputado.
O setor apresentou como principais demandas a evolução do uso de biodiesel no país por meio do aumento da mistura obrigatória de 7% (B7) para B8 imediatamente e com progressividade para o B9 e B10, ampliando o mercado e dando previsibilidade à indústria, além de usos facultativos de misturas superiores, como o B20 no transporte metropolitano.
A Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene) estima que, se os ônibus que fazem o transporte urbano das 40 maiores cidades brasileiras fossem abastecidos com uma mistura de 20% de biodiesel no diesel – o chamado B20 Metropolitano – 300 milhões de litros de combustível fóssil deixariam de ser consumidos anualmente, evitando a emissão cerca de 577,2 mil toneladas a mais de CO2 pelo transporte público dessas cidades. Isso equivale ao plantio de 3,6 milhões de árvores.
“Nossa ideia é que a introdução do B20 Metropolitano nas grandes cidades ocorra dentro de um modelo em que a questão ambiental, principalmente a questão da qualidade do ar das cidades, seja a principal motivação”, defendeu o presidente da Ubrabio, Juan Diego Ferrés.
Na última semana os líderes do G7 anunciaram o compromisso de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis de sua matriz energética, como contribuição efetiva para o objetivo global de redução de emissões de GEE. Para a ministra Izabella Teixeira, a agenda do clima é uma agenda de desenvolvimento e o setor de biodiesel desempenha um papel de interlocução central nesse sentido.
“Este é o debate que o Brasil deseja. Nós, brasileiros, queremos fazer a diferença na negociação do clima também por essa competitividade que nós temos hoje com o aprendizado no setor de biocombustíveis no Brasil”, defendeu a ministra.
A ministra também chamou a atenção para o papel que o Brasil pretende desempenhar nos próximos anos, no sentido do desenvolvimento com uma economia de baixo carbono.
“O que se quer objetivamente é debater a participação dos bicombustíveis na matriz energética brasileira. Eu acho que é extremamente pertinente que o Brasil trilhe esse caminho do ponto de vista da economia de baixo carbono, mas também do ponto de vista das salvaguardas econômicas e sociais. É preciso ter viabilidade, previsibilidade, e transparência para que a sociedade saiba que caminhos são esses assumidos pelo país e mostrar que o Brasil é um país que quer fazer a diferença no seu desenvolvimento com a inclusão social e a proteção ambiental”, conclui.
Participaram da reunião a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental/MMA, Carlos Klink, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), os deputados federais Evandro Gussi (PV-SP), Sérgio Souza (PMDB-PR), Jerônimo Goergen (PP-RS), Bohn Gass (PT-RS) e Adilton Sachetti (PSB-MT), o presidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés, o vice-Presidente de Relações Associativas e Institucionais da Ubrabio, Paulo Mendes, o diretor de Biocombustíveis de Aviação da Ubrabio, Pedro Scorza, o diretor superintendente a Ubrabio, Donizete Tokarski e o diretor executivo da Ubrabio, Sergio Beltrão, além de representantes das demais entidades do setor.
Novos caminhos para descarbonizar o transporte urbano no Brasil foi o tema central de reunião entre a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e representantes da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FrenteBio), da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene) e demais entidades do setor, realizada nesta terça-feira (16).
“O Brasil tem a oportunidade de apresentar na COP 21 um programa que já vem dando certo”, afirmou o presidente da FrenteBio, deputado federal Evandro Gussi (PV-SP) ao defender um marco regulatório que dê previsibilidade ao setor de biodiesel, tendo em vista que o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) representa uma pauta positiva para o País.
“Sabendo do desejo do Brasil de contribuir e protagonizar esse processo de redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE), com o processo de aumento de mistura de biodiesel, para além da questão econômica, sob o ponto de vista ambiental, nós temos condições de apresentar um programa concreto que contribui para a redução de emissões de gases do efeito estufa”, destacou o deputado.
O setor apresentou como principais demandas a evolução do uso de biodiesel no país por meio do aumento da mistura obrigatória de 7% (B7) para B8 imediatamente e com progressividade para o B9 e B10, ampliando o mercado e dando previsibilidade à indústria, além de usos facultativos de misturas superiores, como o B20 no transporte metropolitano.
A Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene) estima que, se os ônibus que fazem o transporte urbano das 40 maiores cidades brasileiras fossem abastecidos com uma mistura de 20% de biodiesel no diesel – o chamado B20 Metropolitano – 300 milhões de litros de combustível fóssil deixariam de ser consumidos anualmente, evitando a emissão cerca de 577,2 mil toneladas a mais de CO2 pelo transporte público dessas cidades. Isso equivale ao plantio de 3,6 milhões de árvores.
“Nossa ideia é que a introdução do B20 Metropolitano nas grandes cidades ocorra dentro de um modelo em que a questão ambiental, principalmente a questão da qualidade do ar das cidades, seja a principal motivação”, defendeu o presidente da Ubrabio, Juan Diego Ferrés.
Na última semana os líderes do G7 anunciaram o compromisso de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis de sua matriz energética, como contribuição efetiva para o objetivo global de redução de emissões de GEE. Para a ministra Izabella Teixeira, a agenda do clima é uma agenda de desenvolvimento e o setor de biodiesel desempenha um papel de interlocução central nesse sentido.
“Este é o debate que o Brasil deseja. Nós, brasileiros, queremos fazer a diferença na negociação do clima também por essa competitividade que nós temos hoje com o aprendizado no setor de biocombustíveis no Brasil”, defendeu a ministra.
A ministra também chamou a atenção para o papel que o Brasil pretende desempenhar nos próximos anos, no sentido do desenvolvimento com uma economia de baixo carbono.
“O que se quer objetivamente é debater a participação dos bicombustíveis na matriz energética brasileira. Eu acho que é extremamente pertinente que o Brasil trilhe esse caminho do ponto de vista da economia de baixo carbono, mas também do ponto de vista das salvaguardas econômicas e sociais. É preciso ter viabilidade, previsibilidade, e transparência para que a sociedade saiba que caminhos são esses assumidos pelo país e mostrar que o Brasil é um país que quer fazer a diferença no seu desenvolvimento com a inclusão social e a proteção ambiental”, conclui.
Participaram da reunião a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental/MMA, Carlos Klink, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), os deputados federais Evandro Gussi (PV-SP), Sérgio Souza (PMDB-PR), Jerônimo Goergen (PP-RS), Bohn Gass (PT-RS) e Adilton Sachetti (PSB-MT), o presidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés, o vice-Presidente de Relações Associativas e Institucionais da Ubrabio, Paulo Mendes, o diretor de Biocombustíveis de Aviação da Ubrabio, Pedro Scorza, o diretor superintendente a Ubrabio, Donizete Tokarski e o diretor executivo da Ubrabio, Sergio Beltrão, além de representantes das demais entidades do setor.
Fonte: Ubrabio
As novas tecnologias e tendências da produção de bioenergia estarão em debate, nesta quinta-feira (18), no workshop que acontecerá no audi...
As novas tecnologias e tendências da produção de bioenergia estarão em debate, nesta quinta-feira (18), no workshop que acontecerá no auditório do Departamento de Engenharia Agrícola (DEA). Oworkshop marcará o fechamento da disciplina ENG 675 - Energia da Biomassa, oferecida pelo programa de pós-graduação do DEA e coordenada pelo professor Jadir Nogueira da Silva.
Neste semestre, a disciplina contou com a participação do professor Volkhard Scholz, da Universidade Beuth de Berlim (Alemanha) que, desde março, está no campus Viçosa como bolsista do Programa Professor Visitante do Exterior (PVE), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A programação do evento terá início às 9h, com as boas-vindas dos professores Jadir e Volkhard. Em seguida, haverá palestras com quatro dos 21 alunos dos vários programas de doutorado da UFV que cursaram a disciplina.
O evento é aberto a toda a comunidade acadêmica e as inscrições devem ser realizadas na secretaria do Departamento de Engenharia Agrícola. Os participantes receberão certificado.
Confira a programação do dia:
9h: Boas-vindas
Professores Jadir Nogueira da Silva e Volkhard Scholz
9h15: Microalgas - Cultivo, aplicações e produção de biocombustíveis
Raquel Rodrigues Santos, Departamento da Engenharia Agrícola
9h45: Uso energético de resíduos da indústria de celulose e papel
Alice do Carma Precci Lopes, Departamento de Engenharia Civil
10h15: Café
10h30: Biomassa e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)
Wagner Davel Canal, Departamento da Engenharia Florestal
11h: Sustentabilidade na produção de biomassa para fins energéticos
José Damato Neto, Departamento Fitotecnia
11h30: Mesa-redonda sobre os temas abordados
Neste semestre, a disciplina contou com a participação do professor Volkhard Scholz, da Universidade Beuth de Berlim (Alemanha) que, desde março, está no campus Viçosa como bolsista do Programa Professor Visitante do Exterior (PVE), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A programação do evento terá início às 9h, com as boas-vindas dos professores Jadir e Volkhard. Em seguida, haverá palestras com quatro dos 21 alunos dos vários programas de doutorado da UFV que cursaram a disciplina.
O evento é aberto a toda a comunidade acadêmica e as inscrições devem ser realizadas na secretaria do Departamento de Engenharia Agrícola. Os participantes receberão certificado.
Confira a programação do dia:
9h: Boas-vindas
Professores Jadir Nogueira da Silva e Volkhard Scholz
9h15: Microalgas - Cultivo, aplicações e produção de biocombustíveis
Raquel Rodrigues Santos, Departamento da Engenharia Agrícola
9h45: Uso energético de resíduos da indústria de celulose e papel
Alice do Carma Precci Lopes, Departamento de Engenharia Civil
10h15: Café
10h30: Biomassa e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)
Wagner Davel Canal, Departamento da Engenharia Florestal
11h: Sustentabilidade na produção de biomassa para fins energéticos
José Damato Neto, Departamento Fitotecnia
11h30: Mesa-redonda sobre os temas abordados
Fonte: UFV
A palmeira Macaúba (Acrocomia aculeata (lacq ) Lood. ex Mart) é uma espécie nativa das florestas tropicais, cuja característica principal...
A palmeira Macaúba (Acrocomia aculeata (lacq ) Lood. ex Mart) é uma espécie nativa das florestas tropicais, cuja característica principal é a presença de espinhos longos e pontiagudos na região dos nós. Recentemente, a espécie tem sido vista como uma excelente alternativa para a produção de biocombustível.
Com o objetivo de otimizar a colheita do fruto da macaúba, a empresa paraguaia Acrocomia Solutions desenvolveu a primeira ferramenta para a colheita manual de frutos da Acrocomia aculeata chamado Assistente de Nut.
O modelo é o resultado de uma série de testes realizados pela divisão, em colaboração com a empresa de Holt Nut Assistente Inc, que é representado exclusivamente por Agroenergia SRL para Paraguai e Brasil.
Os testes realizados com o coletor mostrou um excelente desempenho no campo, dada a sua construção robusta e design específico, pode ser significativamente melhorada - entre 2 e 3 vezes - o volume de frutos coletados por dia, dando ao operador muito mais conforto e ficando frutas completamente limpas e maduro, ao contrário da coleta manual de solo e cache.
Diante da expectativa de uma demanda cada vez maior provocada pelas crescentes dificuldades de exploração dos combustíveis fósseis e também por sua utilização como estratégia política, um programa para os biocombustíveis terá, cada vez mais, que levar em conta a utilização de plantas de alta produtividade como matéria-prima e a Macaúba atende essas condições com vantagens sobre outras plantas culturais que ocupam hoje posição de destaque no Brasil na produção de biodiesel.
Com o objetivo de otimizar a colheita do fruto da macaúba, a empresa paraguaia Acrocomia Solutions desenvolveu a primeira ferramenta para a colheita manual de frutos da Acrocomia aculeata chamado Assistente de Nut.
O modelo é o resultado de uma série de testes realizados pela divisão, em colaboração com a empresa de Holt Nut Assistente Inc, que é representado exclusivamente por Agroenergia SRL para Paraguai e Brasil.
Os testes realizados com o coletor mostrou um excelente desempenho no campo, dada a sua construção robusta e design específico, pode ser significativamente melhorada - entre 2 e 3 vezes - o volume de frutos coletados por dia, dando ao operador muito mais conforto e ficando frutas completamente limpas e maduro, ao contrário da coleta manual de solo e cache.
A empresa possui modelos de catadores manuais e mecanizados com uma maior capacidade de colheita, adequados para grandes plantações ou de alta densidade de palmeiras.
Para conhecer mais sobre a tecnologia, acesse o site:
http://acrocomiasolutions.com/es/servicios/productos
http://acrocomiasolutions.com/es/servicios/productos
Fonte: CIFlorestas
Os principais pontos do relatório Bioenergy & Sustainability: bridging the gaps, lançado em abril na FAPESP, foram apresentados na últ...
Os principais pontos do relatório Bioenergy & Sustainability: bridging the gaps, lançado em abril na FAPESP, foram apresentados na última quinta-feira (11/06), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo.
O relatório é uma iniciativa da FAPESP em conjunto com o Comitê Científico para Problemas do Ambiente (Scope, na sigla em inglês), agência intergovernamental ligada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A apresentação do relatório fez parte do Festival Internacional de Biotecnologia (Biofest), organizado pela Federação e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), durante a Semana de Meio Ambiente Fiesp/Ciesp.
Participaram da discussão Celso Lafer, presidente da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação, Rodrigo Loures, presidente do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Fiesp, e Eduardo Giacomazzi, coordenador adjunto do Comitê da Cadeia da Bioindústria da Fiesp.
Conduzida por Glaucia Mendes Souza, membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) e coeditora da publicação, a apresentação também contou com participação de pesquisadores dos programas FAPESP de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA) e Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), que elaboraram alguns dos capítulos do relatório.
A versão final da publicação é resultado do trabalho de 137 especialistas de 24 países, ligados a 82 instituições, que trabalharam sob a coordenação dos pesquisadores ligados aos programas da FAPESP. Baseado em mais de 2 mil referências e estudos, o relatório fornece uma análise abrangente tanto das tecnologias quanto das práticas atuais de produção de bioenergia no mundo, incluindo sistemas, mercado e potencial de expansão sustentável para esse setor.
Além de abordar os principais pontos do relatório, a proposta da apresentação na Fiesp foi a de abrir para o setor industrial a discussão sobre como o conhecimento científico e tecnológico voltado para a expansão da produção e do uso da bioenergia pode oferecer contribuições ao desenvolvimento industrial e à bioeconomia.
Para Glaucia Mendes Souza, o relatório mostra a necessidade de que as políticas sejam integradas, para que toda a cadeia da bioenergia possa ser beneficiada nesse processo. Ela ressalta que é preciso ter uma visão coordenada e integrada das várias iniciativas, incluindo a produção de biomassa, onde está a maior parte do custo de produção da bioenergia. Segundo a pesquisadora, as oportunidades para o setor produtivo são abrangentes e bastante significativas.
“Há um grande potencial a ser desenvolvido, passando pela logística de produção, biorrefinarias, tecnologias de conversão, comércio internacional de combustíveis, certificação, além dos aspectos sociais, de governança e dos esforços de financiamento”, observou.
O papel da indústria
As apresentações foram feitas em dois módulos, Cadeias de Abastecimento e Segurança Ambiental e Desenvolvimento Sustentável e Inovação, nos quais foram discutidos aspectos sobre uso da água, emissões de gases do efeito estufa, segurança climática e ambiental, tecnologias de conversão, motores e segurança alimentar, entre outros.
Para Celso Lafer, a elaboração do relatório reflete a maneira como os três programas da FAPESP combinam o avanço do conhecimento e sua aplicação na esfera das políticas públicas. “Esse relatório é fruto do reconhecimento desses programas em nível internacional, que permitiu, no âmbito do Scope, chegar a um relatório significativo, de interesse internacional. Esperamos agora que a Fiesp, ao ter acesso a esse conhecimento, possa colocá-lo em prática, em benefício de São Paulo e do Brasil.”
Rodrigo Loures acredita que a indústria tenha um papel importante nesse processo, que envolve bioenergia, segurança alimentar e produção industrial. “Queremos pensar em colaboração com a comunidade científica e os gestores públicos em como desenvolver novas tecnologias, colocá-las no mercado e transformar esse conhecimento em riqueza e ações que concorram para um mundo melhor, ancorado na questão da sustentabilidade”, disse.
Para aprofundar esse debate, ele anunciou que a Federação está preparando uma conferência internacional sobre bioeconomia, que deverá reunir pesquisadores, gestores e profissionais da indústria no final de 2015, na sede da Fiesp, em São Paulo.
Potencial da Bioenergia
Carlos Henrique de Brito Cruz falou no evento sobre necessidades e obstáculos para o uso sustentável da bioenergia. Segundo ele, há atualmente no mundo um interesse crescente sobre o potencial da bioenergia, do ponto de vista da ciência, mas também da economia.
“Em 2014, 19% de toda a energia usada no Brasil veio da cana-de-açúcar. Isso mostra o quanto é viável reduzir a dependência de petróleo como fonte de energia, não apenas aqui, mas também em outros países que precisam diminuir sua dependência em relação ao petróleo por razões econômicas, políticas e ambientais”, observou.
De acordo com Giacomazzi, a Fiesp quer construir uma agenda para discussão em torno do tema da bioenergia, envolvendo ciência e setor industrial em São Paulo.
Para ele, a economia de base biológica requer que tecnologias, parcerias inovadoras e políticas para uso e expansão da bioenergia sejam definidas com base no conhecimento científico. “Esperamos que esse debate estimule a indústria para uma nova visão, aproveitando as competências científicas para o desenvolvimento regional, mostrando como esse potencial pode se transformar em oportunidades para o setor produtivo.”
Também participaram do debate na Fiesp Maria Victoria Ramos Ballester, do Centro de Energia Nuclear da Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP); Isaias de Carvalho Macedo, do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Estratégico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP; Manoel Regis Leal, do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (LNBio); Luiz Augusto Cortez, da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp; e Francisco Nigro, da Escola Politécnica da USP, coautores do relatório.
A íntegra do relatório Bioenergy & Sustainability: bridging the gaps, com 779 páginas, está disponível online para leitura e download no endereço bioenfapesp.org/scopebioenergy/index.php/chapters.
A próxima apresentação do relatório será feita em Bruxelas, na Bélgica, no dia 17 de junho, quando estarão presentes alguns dos principais tomadores de decisão quanto ao uso da bioenergia nos principais países.
Fonte: Agência Fapesp - retirado de Biomassa&Bioenergia
O relatório é uma iniciativa da FAPESP em conjunto com o Comitê Científico para Problemas do Ambiente (Scope, na sigla em inglês), agência intergovernamental ligada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A apresentação do relatório fez parte do Festival Internacional de Biotecnologia (Biofest), organizado pela Federação e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), durante a Semana de Meio Ambiente Fiesp/Ciesp.
Participaram da discussão Celso Lafer, presidente da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação, Rodrigo Loures, presidente do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Fiesp, e Eduardo Giacomazzi, coordenador adjunto do Comitê da Cadeia da Bioindústria da Fiesp.
Conduzida por Glaucia Mendes Souza, membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) e coeditora da publicação, a apresentação também contou com participação de pesquisadores dos programas FAPESP de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA) e Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), que elaboraram alguns dos capítulos do relatório.
A versão final da publicação é resultado do trabalho de 137 especialistas de 24 países, ligados a 82 instituições, que trabalharam sob a coordenação dos pesquisadores ligados aos programas da FAPESP. Baseado em mais de 2 mil referências e estudos, o relatório fornece uma análise abrangente tanto das tecnologias quanto das práticas atuais de produção de bioenergia no mundo, incluindo sistemas, mercado e potencial de expansão sustentável para esse setor.
Além de abordar os principais pontos do relatório, a proposta da apresentação na Fiesp foi a de abrir para o setor industrial a discussão sobre como o conhecimento científico e tecnológico voltado para a expansão da produção e do uso da bioenergia pode oferecer contribuições ao desenvolvimento industrial e à bioeconomia.
Para Glaucia Mendes Souza, o relatório mostra a necessidade de que as políticas sejam integradas, para que toda a cadeia da bioenergia possa ser beneficiada nesse processo. Ela ressalta que é preciso ter uma visão coordenada e integrada das várias iniciativas, incluindo a produção de biomassa, onde está a maior parte do custo de produção da bioenergia. Segundo a pesquisadora, as oportunidades para o setor produtivo são abrangentes e bastante significativas.
“Há um grande potencial a ser desenvolvido, passando pela logística de produção, biorrefinarias, tecnologias de conversão, comércio internacional de combustíveis, certificação, além dos aspectos sociais, de governança e dos esforços de financiamento”, observou.
O papel da indústria
As apresentações foram feitas em dois módulos, Cadeias de Abastecimento e Segurança Ambiental e Desenvolvimento Sustentável e Inovação, nos quais foram discutidos aspectos sobre uso da água, emissões de gases do efeito estufa, segurança climática e ambiental, tecnologias de conversão, motores e segurança alimentar, entre outros.
Para Celso Lafer, a elaboração do relatório reflete a maneira como os três programas da FAPESP combinam o avanço do conhecimento e sua aplicação na esfera das políticas públicas. “Esse relatório é fruto do reconhecimento desses programas em nível internacional, que permitiu, no âmbito do Scope, chegar a um relatório significativo, de interesse internacional. Esperamos agora que a Fiesp, ao ter acesso a esse conhecimento, possa colocá-lo em prática, em benefício de São Paulo e do Brasil.”
Rodrigo Loures acredita que a indústria tenha um papel importante nesse processo, que envolve bioenergia, segurança alimentar e produção industrial. “Queremos pensar em colaboração com a comunidade científica e os gestores públicos em como desenvolver novas tecnologias, colocá-las no mercado e transformar esse conhecimento em riqueza e ações que concorram para um mundo melhor, ancorado na questão da sustentabilidade”, disse.
Para aprofundar esse debate, ele anunciou que a Federação está preparando uma conferência internacional sobre bioeconomia, que deverá reunir pesquisadores, gestores e profissionais da indústria no final de 2015, na sede da Fiesp, em São Paulo.
Potencial da Bioenergia
Carlos Henrique de Brito Cruz falou no evento sobre necessidades e obstáculos para o uso sustentável da bioenergia. Segundo ele, há atualmente no mundo um interesse crescente sobre o potencial da bioenergia, do ponto de vista da ciência, mas também da economia.
“Em 2014, 19% de toda a energia usada no Brasil veio da cana-de-açúcar. Isso mostra o quanto é viável reduzir a dependência de petróleo como fonte de energia, não apenas aqui, mas também em outros países que precisam diminuir sua dependência em relação ao petróleo por razões econômicas, políticas e ambientais”, observou.
De acordo com Giacomazzi, a Fiesp quer construir uma agenda para discussão em torno do tema da bioenergia, envolvendo ciência e setor industrial em São Paulo.
Para ele, a economia de base biológica requer que tecnologias, parcerias inovadoras e políticas para uso e expansão da bioenergia sejam definidas com base no conhecimento científico. “Esperamos que esse debate estimule a indústria para uma nova visão, aproveitando as competências científicas para o desenvolvimento regional, mostrando como esse potencial pode se transformar em oportunidades para o setor produtivo.”
Também participaram do debate na Fiesp Maria Victoria Ramos Ballester, do Centro de Energia Nuclear da Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP); Isaias de Carvalho Macedo, do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Estratégico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP; Manoel Regis Leal, do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (LNBio); Luiz Augusto Cortez, da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp; e Francisco Nigro, da Escola Politécnica da USP, coautores do relatório.
A íntegra do relatório Bioenergy & Sustainability: bridging the gaps, com 779 páginas, está disponível online para leitura e download no endereço bioenfapesp.org/scopebioenergy/index.php/chapters.
A próxima apresentação do relatório será feita em Bruxelas, na Bélgica, no dia 17 de junho, quando estarão presentes alguns dos principais tomadores de decisão quanto ao uso da bioenergia nos principais países.
Fonte: Agência Fapesp - retirado de Biomassa&Bioenergia
A participação dos biocombustíveis na matriz energética aumentará. O bioquerosene só será realidade no país se forem realizados investimen...
A participação dos biocombustíveis na matriz energética aumentará. O bioquerosene só será realidade no país se forem realizados investimentos.
Bruno Galvêas Laviola e Guy de Capdeville
Especial para o Agrodebate
A macaúba é uma das culturas em que se aposta
como matéria-prima para a produção de
bioquerosene.
(Foto: Daniela Collares/Embrapa Agroenergia)
|
O Brasil pode ser considerado um dos países mais privilegiados em termos de vocação agrícola no mundo. O País possui localização privilegiada na região tropical, com alta incidência de energia solar, regime pluviométrico adequado e conta com grandes reservas de terras agricultáveis, o que permite planejar o uso agrícola em bases sustentáveis, sem comprometer os grandes biomas nacionais.
Pode-se considerar que o Brasil é um dos únicos países do mundo em que é possível produzir alimento e energia sem que ocorra competição direta por área e recursos naturais. Existem, no Brasil, cerca de 90 milhões de hectares de áreas para a expansão agrícola, sem considerar mais de 200 milhões de hectares de pastagens com algum grau de degradação que, após recuperadas, podem ser usadas na produção de alimentos e bioenergia.
Todas estas condições fazem do Brasil um país com grande capacidade para a produção de alimentos, biocombustíveis e de outros derivados de óleos vegetais para atender tanto o mercado nacional, quanto internacional.
Recentemente, tem sido crescente o interesse da aviação nacional e internacional na produção de bioquerosene para substituir parte da demanda do querosene de origem fóssil. O consumo atual de querosene de aviação no Brasil é de aproximadamente 8 milhões de m3 anuais, com projeções de demanda, para o ano de 2020, de cerca 12 milhões de m3 de querosene.
Atualmente, a indústria da aviação é responsável por cerca de 2% das emissões de dióxido de carbono no mundo, com projeções crescentes que estimam atingir 3% até 2030. Neste contexto, a indústria da aviação estabeleceu metas para a mitigação dos impactos ambientais atribuídos ao setor, buscando reduzir em 50% as emissões de dióxido de carbono até 2050.
Embora a produção ainda não esteja regulamentada, observa-se no Brasil e no mundo diversas movimentações para implementar e tornar viável a produção comercial de bioquerosene. Desde o ano de 2010 têm sido realizados no Brasil diversos voos experimentais tripulados, com diferentes proporções de misturas de bioquerosene derivados de diversas fontes de matérias-primas, como óleo de pinhão-manso, óleo de macaúba e até mesmo óleo de fritura.
Bruno Galvêas Laviola, um dos autores do artigo, é pesquisador da Embrapa Agroenergia. (Foto: Embrapa Agroenergia) |
Resultados recentes têm demostrado ganhos positivos no uso do bioquerosene, com aumento de eficiência, diminuição da temperatura na turbina e redução das emissões de poluentes.
O bioquerosene pode ser produzido por diversos processos e matérias-primas, como biomassas lignocelulósicas, fontes sacarinas, amiláceas e óleos vegetais. Neste artigo, será dado foco apenas a discussões referentes às fontes oleaginosas e não serão consideradas as características físico-químicas do óleo para a produção do bioquerosene.
Existe no Brasil um grande número de espécies nativas e exóticas que produzem óleo em frutos e grãos, com diferentes potencialidades e adaptações naturais a distintas condições de clima e solo do País. Os desafios quanto ao uso das matérias-primas oleaginosas e as estratégias do desenvolvimento da cadeia de produção de bioquerosene de aviação no Brasil passam por gargalos técnico-científicos-políticos relativos à sua produção, seu processamento industrial e à sua integração com cadeias produtivas regionalizadas.
Dentre as oleaginosas cultivadas, a soja se destaca atualmente como a principal candidata a fonte de matéria-prima oleaginosa para a produção de bioquerosene a curto prazo, já que é a única entre todas que atende na totalidade a três parâmetros básicos e essenciais para a sustentabilidade de um possível programa de bioquerosene no Brasil. O primeiro parâmetro refere-se ao domínio de um pacote tecnológico, em que o Brasil é a referência mundial no desenvolvimento de tecnologias para a produção de soja em áreas tropicais e subtropicais.
O segundo parâmetro refere-se a escala de produção, sendo a soja a principal oleaginosa produzida no Brasil, com a produção representando quase 50% da produção nacional de grãos. Por fim, o terceiro critério refere-se à logística de distribuição espacial da matéria-prima ao longo do território nacional, sendo a soja uma das únicas matérias-primas com produção em todas as regiões do país.
Embora estes critérios façam da soja, em curto prazo, a principal candidata a fonte de matéria-prima para produção de bioquerosene, e considerando ainda que a soja é atualmente a principal fonte de matéria-prima para produção de biodiesel, é importante ponderar que não é estratégico para o País depender apenas de uma única fonte de matéria-prima, até porque os dois setores concorreriam entre si por esta fonte. Neste sentido, torna-se necessária a busca e o desenvolvimento contínuo de outras oleaginosas com maior adensamento energético e que atendam a critérios relacionados à diversificação e a regionalização.
Guy de Capdeville, um dos autores do artigo, é pesquisador e chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agroenergia. (Foto: Embrapa Agroenergia) |
Das oleaginosas disponíveis para diversificar a produção em médio prazo, pode-se considerar as opções como o dendê (palma-de-óleo), algodão, girassol, canola, entre outras. Estas oleaginosas possuem domínio tecnológico (cultivares, sistema de cultivo, ...), porém carecem de ações para ampliar a escala de produção, considerando a regionalização da produção.
Muitas destas oleaginosas são opções interessantes para diversificar a produção regional, mas a área plantada e a produção ainda são consideradas baixas para atender a demanda de biocombustíveis. Um exemplo é a cultura do dendezeiro (palma-de-óleo), cuja produtividade pode atingir 4 mil kg/ha de óleo, o que supera em 8 vezes a produtividade da soja (500 kg/ha), sendo excelente fonte de matéria-prima para região norte do Brasil.
A longo prazo podemos considerar as oleaginosas perenes e anuais que ainda não estão domesticadas como o pinhão-manso, a macaúba, a camelina e outras. Estas oleaginosas apresentam grande potencial para cultivo nas regiões centro-sul e nordeste do Brasil, porém, para que sejam opções economicamente viáveis necessitam de pesquisas para o desenvolvimento de cultivares e de sistemas de cultivo.
A mobilização e os investimentos do setor privado em P&D podem acelerar a geração de tecnologias direcionadas a estas espécies. Para este grupo de oleaginosas, primeiro será necessário desenvolver o domínio tecnológico para que sejam iniciadas ações buscando a escala de produção. Como muitas destas espécies são de ciclo longo, será necessário mais tempo para que possam ser completamente domesticadas.
Uma estratégia interessante será trabalhar estas espécies em sistemas agroflorestais incluindo seu consórcio com culturas anuais que possam compensar o custo do investimento nos anos iniciais de uma cultura perene. Neste grupo de oleaginosas, a macaúba vem tendo destaque nas pesquisas quanto ao potencial de rendimento, que gira entre 3 mil a 6 mil quilos por hectare de óleo.
Uma particularidade da produção de bioquerosene que difere, por exemplo, da produção de biodiesel, é que a produção da matéria-prima e a sua conversão em bioquerosene não devem ocorrer de forma pulverizada no País, mas sim em arranjos produtivos no entorno dos centros consumidores (aeroportos).
Em muitos casos, o centro de fornecimento de matéria-prima está distante do centro de transformação, o que eleva os custos, principalmente de logística, e aumenta os riscos à sustentabilidade. A matéria-prima deve estar próxima o suficiente para que o transporte não inviabilize a produção econômica. Não podemos, por exemplo, produzir óleo de dendê (palma-de-óleo) no estado do Pará para abastecer a demanda de bioquerosene do aeroporto de Brasília-DF.
Neste contexto, para o estabelecimento de um programa de produção de bioquerosene, torna-se crucial um estudo prévio dos entornos dos principais aeroportos do Brasil no que se refere a demanda potencial de bioquerosene e do zoneamento das principais matérias-primas existentes e potenciais de serem produzidas na região.
Desta forma, poder–se-á planejar a produção da matéria-prima considerando as demandas, as espécies disponíveis (domínio tecnológico), aptidão das culturas para as regiões e a viabilidade de industrialização local do bioquerosene de aviação. Os usos e demandas atuais das matérias-primas, como por exemplo, para produção de biodiesel na região, também é algo que deve ser analisado neste processo de planejamento.
O custo de produção da matéria-prima, bem como, da produção do bioquerosene devem se equiparar ao preço de produção do querosene de aviação, caso contrário a competitividade do biocombustível será comprometida. A adoção ou desenvolvimento de processos de produção de bioquerosene que possam gerar concomitantemente outros produtos no conceito de biorrefinaria podem ser interessantes para viabilizar a produção do bioquerosene de aviação a preços mais competitivos.
Dendê é uma das opções para dar suporte à matriz energética de biocombustíveis. (Foto: Abrapalma/BBC) |
Nos próximos anos, a participação dos biocombustíveis na matriz energética brasileira e global aumentará gradativamente em caráter irreversível. O bioquerosene de aviação poderá ter papel importante não só por diversificar a matriz energética, mas também por equacionar questões como a distribuição de renda e a segurança ambiental.
Embora a soja seja atualmente a oleaginosa com maior escala de produção no País, torna-se fundamental a utilização de matérias-primas de maior densidade energética, e o desenvolvimento tecnológico destas para dar suporte à sua incorporação na matriz energética de biocombustíveis.
A palma-de-óleo e as espécies alternativas, como pinhão-manso e palmeiras nativas (macaúba, tucumã babaçu e inajá), em função das maiores produtividades potenciais e das aptidões edafoclimáticas, são ótimas opções para atender às demandas quantitativas e ecorregionais de óleo.
Além do domínio tecnológico, deve-se considerar a produção de bioquerosene em arranjos produtivos de forma a garantir e potencializar a logística e o suprimento da matéria-prima nas diversas fases da produção, além de envolver os distintos atores associados ao sistema produtivo (produtores, comunidades, associação, instituições de capacitação e etc.).
Obviamente, o bioquerosene só se transformará em realidade no país se forem realizados investimentos significativos e constantes em pesquisa e desenvolvimento das matérias-primas e das tecnologias relacionadas, para que se tornem não apenas alternativas viáveis, mas também, alternativas sustentáveis pelo investimento na sua cadeia produtiva, nas soluções sociais, ambientais e econômicas para acomodar a mudança global de comportamento sócio-ambiental imposta pelo mercado interno e externo.
Bruno Galvêas Laviola é pesquisador da Embrapa Agroenergia e Guy de Capdeville é pesquisador e chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agroenergia.
Fonte: G1
Casa Branca aceitou recomendações de agência ambiental sobre problema. Não há previsão de quando as normas entrarão em vigor. Avião pa...
Casa Branca aceitou recomendações de agência ambiental sobre problema. Não há previsão de quando as normas entrarão em vigor.
Avião passa em frente à lua na chegada ao Aeroporto Internacional de Filadélfia, nos EUA (Foto: Matt Rourke/AP)
Da EFE
A Casa Branca deu sinal verde nesta quarta-feira (10) para as novas recomendações que declaram a indústria da aviação uma fonte de emissões de CO2 e uma ameaça para a luta contra a mudança climática.
O Escritório de Gestão de Orçamento da Casa Branca (OMB) decidiu aceitar as recomendações da Agência de Proteção Meio Ambiental (EPA), o passo anterior para que o organismo redija uma nova legislação que deverá ser cumprida por todas as companhias aéreas que operam no país.
A EPA emitiu uma declaração que afirma que "as emissões de gases do efeito estufa de certas classes de motores da aviação afetam a poluição aérea", o que é prejudicial para a saúde pública.
Por enquanto, sem novas regras
Essa declaração, que equipara as emissões dos aviões com as dos veículos automotivos, não implica a imposição de novos requisitos para as companhias aéreas, mas antecipa a redação de uma legislação mais restritiva sobre emissões, do mesmo modo que aconteceu com os automóveis.
A EPA assegurou em sua proposta à Casa Branca que a legislação deveria ser adotada paralelamente às negociações da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) sobre emissões, que devem terminar em fevereiro de 2016. Por isso, as novas regulações poderiam ser adiadas e acontecer já com um próximo presidente.
Chris Grundler, diretor da EPA para assuntos de qualidade do ar, as regulações definitivas da agência americana provavelmente serão publicadas em 2018.
As companhias aéreas esperam que as regulamentações americanas se mantenham alinhadas com os padrões internacionais, para que desse modo não se crie uma desvantagem competitiva com outros países.
As organizações ambientais temem que, devido a necessidade de consenso, as normas internacionais estipuladas pela ICAO, que terão vigência de cinco anos, não sejam suficientemente exigentes e não permitam uma redução significativa das emissões na aviação.
A Casa Branca deu sinal verde nesta quarta-feira (10) para as novas recomendações que declaram a indústria da aviação uma fonte de emissões de CO2 e uma ameaça para a luta contra a mudança climática.
O Escritório de Gestão de Orçamento da Casa Branca (OMB) decidiu aceitar as recomendações da Agência de Proteção Meio Ambiental (EPA), o passo anterior para que o organismo redija uma nova legislação que deverá ser cumprida por todas as companhias aéreas que operam no país.
A EPA emitiu uma declaração que afirma que "as emissões de gases do efeito estufa de certas classes de motores da aviação afetam a poluição aérea", o que é prejudicial para a saúde pública.
Por enquanto, sem novas regras
Essa declaração, que equipara as emissões dos aviões com as dos veículos automotivos, não implica a imposição de novos requisitos para as companhias aéreas, mas antecipa a redação de uma legislação mais restritiva sobre emissões, do mesmo modo que aconteceu com os automóveis.
A EPA assegurou em sua proposta à Casa Branca que a legislação deveria ser adotada paralelamente às negociações da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) sobre emissões, que devem terminar em fevereiro de 2016. Por isso, as novas regulações poderiam ser adiadas e acontecer já com um próximo presidente.
Chris Grundler, diretor da EPA para assuntos de qualidade do ar, as regulações definitivas da agência americana provavelmente serão publicadas em 2018.
As companhias aéreas esperam que as regulamentações americanas se mantenham alinhadas com os padrões internacionais, para que desse modo não se crie uma desvantagem competitiva com outros países.
As organizações ambientais temem que, devido a necessidade de consenso, as normas internacionais estipuladas pela ICAO, que terão vigência de cinco anos, não sejam suficientemente exigentes e não permitam uma redução significativa das emissões na aviação.
Fonte: G1
Agência de Notícias CNT - Confederação Nacional do Transporte | Seminário, realizado em Brasília no dia 21 de maio, destacou os benefíci...
Pereira, J.B. ; Monteiro, A.L. ; Gonçalves, D.B. ; Oliveira, J.S. ; Santos, V.L. ; Resumo A produção de etanol celulósico tem conqu...
Pereira, J.B.; Monteiro, A.L.; Gonçalves, D.B.; Oliveira, J.S.; Santos, V.L.;
Resumo
A produção de etanol celulósico tem conquistado um lugar de destaque no desenvolvimento de novas tecnologias e tem como desafio a obtenção de hidrolisados que apresentem concentrações adequadas de açúcares. No presente trabalho, avaliou-se a bioconversão de xilose e glicose a etanol a partir de hidrolisados de torta de macaúba (Acrocomia aculeata) pela levedura Candida boidinii UFMG14. O hidrolisado hemicelulósico foi obtido por hidrólise ácida com H2SO4 0,8% (v/v) na relação sólido:líquido (1:10) da torta de macaúba e detoxificado com carvão ativado 2,5% (p/v). O hidrolisado celulósico foi obtido por hidrólise enzimática. Para a fermentação, a linhagem foi cultivada por 72h, em frascos Erlenmeyer contendo hidrolisados e suplementos. Realizou-se um experimento de mistura (delineamento simplex-centroide, DSC) dos hidrolisados celulósico e hemicelulósico em diferentes proporções cuja soma resultou sempre em 1 (100%). A maior produção de etanol (11,3g/L) ocorreu no ensaio 1 na proporção 100% do hidrolisado celulósico. Os ensaios 2 e 6, nos quais foram usadas as maiores proporções 100% (6,1g/L) e 75% (7,4g/L), respectivamente de hidrolisado hemicelulósico, apresentando produção de etanol inferior aos outros ensaios. Os resultados mostraram que o uso do hidrolisado celulósico é significativamente mais efetivo para produção de etanol nas proporções avaliadas, mostrando o potencial de C. boidinii UFMG14 para a produção de etanol celulósico.
Palavras-chave: Macaúba, C. boidinii UFMG14,
A produção de etanol celulósico tem conquistado um lugar de destaque no desenvolvimento de novas tecnologias e tem como desafio a obtenção de hidrolisados que apresentem concentrações adequadas de açúcares. No presente trabalho, avaliou-se a bioconversão de xilose e glicose a etanol a partir de hidrolisados de torta de macaúba (Acrocomia aculeata) pela levedura Candida boidinii UFMG14. O hidrolisado hemicelulósico foi obtido por hidrólise ácida com H2SO4 0,8% (v/v) na relação sólido:líquido (1:10) da torta de macaúba e detoxificado com carvão ativado 2,5% (p/v). O hidrolisado celulósico foi obtido por hidrólise enzimática. Para a fermentação, a linhagem foi cultivada por 72h, em frascos Erlenmeyer contendo hidrolisados e suplementos. Realizou-se um experimento de mistura (delineamento simplex-centroide, DSC) dos hidrolisados celulósico e hemicelulósico em diferentes proporções cuja soma resultou sempre em 1 (100%). A maior produção de etanol (11,3g/L) ocorreu no ensaio 1 na proporção 100% do hidrolisado celulósico. Os ensaios 2 e 6, nos quais foram usadas as maiores proporções 100% (6,1g/L) e 75% (7,4g/L), respectivamente de hidrolisado hemicelulósico, apresentando produção de etanol inferior aos outros ensaios. Os resultados mostraram que o uso do hidrolisado celulósico é significativamente mais efetivo para produção de etanol nas proporções avaliadas, mostrando o potencial de C. boidinii UFMG14 para a produção de etanol celulósico.
Palavras-chave: Macaúba, C. boidinii UFMG14,
Líderes do G7 apoiaram nesta segunda-feira (08) metas ambiciosas para a redução das emissões de CO2 e expressaram seu compromisso de abrir...
Líderes do G7 apoiaram nesta segunda-feira (08) metas ambiciosas para a redução das emissões de CO2 e expressaram seu compromisso de abrir mão gradualmente dos combustíveis fósseis – medida considerada um bom presságio para a conferência climática de dezembro em Paris.
Em comunicado divulgado na segunda-feira, os líderes das sete potências defenderam a redução das emissões globais de gases de efeito estufa entre 40% e 70% até 2050, com base nos níveis de 2010.
Os sete países também se comprometem a assumir sua parcela de responsabilidade "para alcançar uma economia global livre de carbono em longo prazo".
Para tanto, querem "transformar o setor de energia até 2050" em seus países. Em outras palavras, prescindir ao máximo dos combustíveis fósseis (gás, petróleo e carvão) em benefício das energias renováveis.
"Essa é uma declaração histórica que anuncia o fim da era dos combustíveis fósseis", comemorou o coletivo European Climate.
Jennifer Morgan, responsável por questões climáticas do Instituto de Recursos Mundiais, disse que, "pela primeira vez, os líderes do G7 apoiam o objetivo de descarbonizar a economia".
As declarações sobre o clima da cúpula de dois dias no castelo de Elmau eram muito aguardadas, a seis meses da cúpula da ONU sobre o clima em Paris (COP).
A COP 21 deverá definir globalmente o caminho a seguir para limitar o aquecimento global.
O presidente francês, François Hollande, que fez dessa questão uma das suas prioridades, congratulou-se hoje pelos compromissos "ambiciosos e realistas" expressados.
Reações
"Elmau cumpriu suas promessas", concordou Martin Kaiser, do Greenpeace.
Em Bonn (oeste da Alemanha), onde ocorrem negociações multilaterais para preparar a conferência do clima de Paris, as reações eram menos entusiasmadas.
"Não está claro em que medida (os anúncios de segunda-feira) vão transformar o debate", comentou em Bonn Alden Meyer, analista da União dos Cientistas Preocupados (Union of Concerned Scientists, UCS).
Meyer destacou que os países do G7 formulam objetivos para todo o mundo, mas, em seguida, fazem poucos compromissos concretos em relação a si mesmos.
E para que a conferência de Paris seja um sucesso, será necessário obter o apoio de países altamente poluidores, como China, Índia, Rússia e Brasil.
Os países do G7 (Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Alemanha, Itália, Reino Unido) representam 10% da população mundial, e cerca de um quarto das emissões de dióxido de carbono (CO2).
O G7 aprovou o objetivo de limitar o aumento da temperatura global do planeta a dois graus Celsius em comparação aos tempos pré-industriais.
Ele também reafirmou seu compromisso de "mobilizar" US$ 100 bilhões por ano até 2020 em dinheiro público e privado para financiar iniciativas para o clima.
O compromisso final, em que cada palavra é muito ponderada antes de ser dita, foi o "resultado de negociações difíceis", reconheceu a chanceler alemã, Angela Merkel.
Os quatro países europeus do G7 eram a favor de uma formulação apaixonada e ambiciosa, mas encontraram relutância por parte de Canadá e especialmente do Japão, cuja indústria de energia atribui uma grande importância para o carvão.
Em comunicado divulgado na segunda-feira, os líderes das sete potências defenderam a redução das emissões globais de gases de efeito estufa entre 40% e 70% até 2050, com base nos níveis de 2010.
Os sete países também se comprometem a assumir sua parcela de responsabilidade "para alcançar uma economia global livre de carbono em longo prazo".
Para tanto, querem "transformar o setor de energia até 2050" em seus países. Em outras palavras, prescindir ao máximo dos combustíveis fósseis (gás, petróleo e carvão) em benefício das energias renováveis.
"Essa é uma declaração histórica que anuncia o fim da era dos combustíveis fósseis", comemorou o coletivo European Climate.
Jennifer Morgan, responsável por questões climáticas do Instituto de Recursos Mundiais, disse que, "pela primeira vez, os líderes do G7 apoiam o objetivo de descarbonizar a economia".
As declarações sobre o clima da cúpula de dois dias no castelo de Elmau eram muito aguardadas, a seis meses da cúpula da ONU sobre o clima em Paris (COP).
A COP 21 deverá definir globalmente o caminho a seguir para limitar o aquecimento global.
O presidente francês, François Hollande, que fez dessa questão uma das suas prioridades, congratulou-se hoje pelos compromissos "ambiciosos e realistas" expressados.
Reações
"Elmau cumpriu suas promessas", concordou Martin Kaiser, do Greenpeace.
Em Bonn (oeste da Alemanha), onde ocorrem negociações multilaterais para preparar a conferência do clima de Paris, as reações eram menos entusiasmadas.
"Não está claro em que medida (os anúncios de segunda-feira) vão transformar o debate", comentou em Bonn Alden Meyer, analista da União dos Cientistas Preocupados (Union of Concerned Scientists, UCS).
Meyer destacou que os países do G7 formulam objetivos para todo o mundo, mas, em seguida, fazem poucos compromissos concretos em relação a si mesmos.
E para que a conferência de Paris seja um sucesso, será necessário obter o apoio de países altamente poluidores, como China, Índia, Rússia e Brasil.
Os países do G7 (Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Alemanha, Itália, Reino Unido) representam 10% da população mundial, e cerca de um quarto das emissões de dióxido de carbono (CO2).
O G7 aprovou o objetivo de limitar o aumento da temperatura global do planeta a dois graus Celsius em comparação aos tempos pré-industriais.
Ele também reafirmou seu compromisso de "mobilizar" US$ 100 bilhões por ano até 2020 em dinheiro público e privado para financiar iniciativas para o clima.
O compromisso final, em que cada palavra é muito ponderada antes de ser dita, foi o "resultado de negociações difíceis", reconheceu a chanceler alemã, Angela Merkel.
Os quatro países europeus do G7 eram a favor de uma formulação apaixonada e ambiciosa, mas encontraram relutância por parte de Canadá e especialmente do Japão, cuja indústria de energia atribui uma grande importância para o carvão.
Fonte:AFP - retirado de BiodieselBR